Polêmica à 'boca miúda' (nacionais)...

De olho no poder…

Revelou-se na África o desejo secreto do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, réu no processo do mensalão: disputar a presidência da República, “dependendo das circunstâncias”, como admitiu a um jornal de Angola, após palestra no King’s Brazil Institute, do prestigiado King’ s College, em Londres, há dias. Ainda revelou sua possível “plataforma”: Saúde e Segurança, inovação tecnológica e meio ambiente. (Claudio Humberto)

Dilma diz ‘Não!’…

O ministro Antonio Palocci (Casa Civil) tentou ajudar o PT do Ceará na escolha do novo presidente do Banco do Nordeste.

Há uns dias, ele apresentou o nome do atual diretor de Gestão, José Sydrião de Alencar Jr, para o cargo. Sydrião é afilhado do deputado José Guimarães (PT-CE). A reação de Dilma foi imediata: “#*§! Eu já disse: Não! Não! Não!”

Consta que o globo ocular de Palocci vagou de um lado para outro, e que, espantado, o governador Eduardo Campos (PE) assistiu à cena. (Ilimar Franco)

PT vítima do PT…

O PT no poder é vítima do PT na oposição. Boa parte do que os petistas classificam hoje de entraves para obras federais foi defendida pelo próprio PT no passado.

O fortalecimento do TCU (Tribunal de Contas da União) é um deles. Surgiu depois das saraivadas de críticas de petistas contra irregularidades descobertas na construção do prédio TRT (Tribunal Regional do Trabalho) paulista nos anos 90.

A partir dali, os auditores do TCU passaram a fazer auditorias prévias e fazer sugestões de paralisações de obras federais, instrumentos que foram se aperfeiçoando e se tornando mais rígidos desde então.

Resultado: o tribunal ganhou mais eficiência e eficácia, na visão do TCU, ou passou a dar mais dor de cabeça e criar empecilhos para o andamento de obras, na ótica do governo Lula.

Agora, o governo Dilma busca um entendimento com o tribunal. Sabe não ter condições de acabar com o poder fiscalizador do TCU, e também não o deseja politicamente, mas quer acertar com o órgão mecanismos que permitam antecipar futuros problemas.