Decapitação

Pintora renascentista vingou-se de seu estuprador em quadro - VEJA GALERIA

O desejo de matar de Artemisia Gentileschi em Judite Decapita Holofernes Poucos artistas foram tão injustiçados quanto Artemisia Gentileschi.

O desejo de matar de Artemisia Gentileschi em Judite Decapita Holofernes

Poucos artistas foram tão injustiçados quanto Artemisia Gentileschi.

Em vida, ela teve um status único, a primeira mulher a ser aceita na Academia de Belas Artes de Florença. Mas, pelas gerações que se seguiram, passou a ser considerada uma mera curiosidade, uma aberração. Nenhum cavalheiro amante das artes ousaria comparar uma mulher a seus contemporâneos, gigantes como Caravaggio, El Greco e Rubens.

Quando seus críticos eram generosos, mencionavam que era impossível imaginar que uma mulher havia pintado aquilo. Quando não, tratavam na como uma megera sociopata, por colocar mulheres, inclusive ela mesma, nesses papéis tão violentos.

Ela só seria resgatada da obscuridade na década de 1970, pelas feministas. A princípio, pelo interesse por sua vida – uma vítima de estupro, nunca justiçada, que enfrentou todo tipo de preconceito para prosperar num ofício tido como exclusivamente masculino. Mas logo também por sua arte, que, ficou evidente, tinha uma assinatura própria, um ponto de vista que nenhum pintor masculino poderia expor.

Judite é um tema popular entre pintores. Mas, em sua visceral obra-prima – muito mais violenta que outras versões –, Artemisia pôs, literal e figurativamente, a si própria na arte.

Clique na imagem abaixo e veja os detalhes perturbadores desta obra:

Fonte: Aventuras na história