POR LAERTE CERQUEIRA
Tudo pode mudar daqui a alguns horas. Mas, no cenário do momento, os mais cotados nas especulações sobre “o vice” nas principais pré-candidaturas ao governo do estado são: Roberto Paulino (PMDB), na chapa de Veneziano (PMDB); na chapa encabeçada por Cássio Cunha Lima (PSDB), temos Ruy Carneiro (PSDB); e de mãos dadas com Ricardo Coutinho (PSB), temos Daniella Ribeiro (PP).
Ela negou, mas, há um grupo forte que aposta. Vené deve ir com Paulino porque, mesmo com a simpatia e caminho livre para atrair o PR, de Welligton Roberto, e o PSC, de Leonardo Gadelha, a “fragilização” da sua candidatura, provocada por um movimento interno, tem ampliado a distância desses quase futuros aliados. Sem garantias, nem da união do próprio PMDB, ninguém quer se arriscar.
Cássio tem ainda uma boa chance de ter um vice que não é do ninho tucano, talvez do PR ou PSC também, que estão mais próximos dele do que do PMDB. Mas sabe que ninguém agrega mais que ele mesmo. A sua boa posição no cenário, o carisma e otimismo o dão a confortável opção de se preocupar mais com um bom candidato ao Senado, que dê uma forcinha “material” e partidária, do que com um vice. Ruy é uma solução caseira, que pode dar uma ajudinha em João Pessoa, tem força em alguns “currais eleitorais” pelo interior e é um bom articulador nas prefeituras. Mas, como já disse, quem vota em Ruy já é apaixonado por Cássio.
Quem mais agrega, a preço de hoje, é a deputada estadual Daniella Ribeiro. Se a aliança com Ricardo se concretizar pode provocar mais uma ruptura no eleitorado de Campina, que já está dividido entre Cássio e Veneziano. Daniella já foi candidata a prefeita, tem a simpatia de muitos e tem mais possibilidade de atrair os que não gostam dos ex-prefeitos. Talvez você ache que não existe, mas exite sim e não são poucos. Campina tem uma fatia de eleitor decisiva, que tem que ser tratada de maneira diferenciada porque o voto lá um ato de amor à “terra”.
Mas a deputada tem uma tarefa que requer habilidade: mudar o discurso de oposição e encontrar boas justificativas para dizer aos conterrâneos que vale a pena manter RC no poder. Não me parece ser assim tão complicado porque virou “lugar comum” fazer esse tipo de transformação. Se não mudar, entre os três, ela é quem mais agrega.