Tocando o terror
Por Laerte Cerqueira
Do Jornal da Paraíba
Num primeiro momento foi tratada como incoerente e despreparada. Depois, entrou no “hall” dos indecisos e incógnitos. Para materializar a comparação usaram Jânio Quadros, que renunciou meses depois de assumir o poder, e Collor, afastado pelo impeachment. Na estratégia de “tocar” o terror são feitas interpretações sobre a opinião de Marina sobre o pré-sal. Como ambientalista, a presidenciável estaria mais próxima a dedicar investimentos aos combustíveis renováveis, como o etanol. Esta semana, a declaração de Marina de que vai dar autonomia ao Banco Central, gerou um comercial que coloca, mais uma vez, o medo como alavanca da dúvida.
De acordo com a interpretação dos marqueteiros, materializada na peça publicitária, se o Banco Central tiver autonomia total, o país, a economia e a vida dos brasileiros ficariam nas mãos dos banqueiros. Presidente e Congresso Nacional, eleitos pelo povo, perderiam força e poder. A estratégia é tocar o terror e deixar o cenário confuso, plantar a dúvida, afinal, só Dilma pode mostrar que apesar da instabilidade e das dificuldades de um próximo mandato, há avanços que podem ser vistos. A socialista tem um trabalho a mais, agora. Além de apresentar propostas convincentes, precisa acabar com as interrogações que pairam sobre a sua perspectiva de poder. É o medo e a esperança duelando mais uma vez. Com outros donos, na mesma arena.
Exército
Os petistas estão montando um exército em SP e no RJ para diminuir a diferença entre Marina e Dilma nessas cidades. A socialista está dando um “capote” e precisa de uma freio, segundo o PT.
Fogo
A equipe de campanha de Marina busca apagar o fogo que vem na sua direção. Quer acabar com a pecha de fundamentalista e de candidata que é contra o pré-sal.
Corrida
Na corrida contra o tempo, o candidato a senador pelo PT, Lucélio Cartaxo, busca fechar alianças no interior, onde está seu ponto fraco.
Apoios
O apoio mais recente foi o do prefeito de Aparecida, Júlio César Queiroga. Na lista de alianças recentes estão o deputado estadual Vituriano de Abreu (PSC) e lideranças da grande JP.
prato cheio
O superintendente da Suplan, João Azevedo, disse que um entupimento provocou o alagamento do túnel que dá acesso aos vestiários do estádio Almeidão, na partida entre Bota-PB e Paysandu, válida pela série C do Brasileirão. O estádio foi reinaugurado recentemente e, claro, as imagens estão sendo usadas eleitoralmente. Prato cheio para oposição.
Recusa
O deputado estadual Adriano Galdino (PSB), ex-auxiliar do governo, recusou seguir a indicação do candidato Ricardo Coutinho (PSB) e não vai com Lucélio. Resolveu seguir Zé Maranhão (PMDB).
O mesmo
Já Wilson Santiago (PTB) na batalha por uma vaga no Senado, conseguiu o apoio da prefeita de Cajazeiras, Denise Oliveira (PSB). O candidato a deputado estadual, Jeová Campos, fez o mesmo.
CaZé
O candidato a deputado federal, Marcondes Gadelha (PSC) anuncia nas próximas horas apoio a Zé Maranhão para o senado. Ele vai criar na capital o comitê CaZé, Cássio e Zé.
Sensatez
A presidente da Cinep, Tatiana Domiciano, quer a anulação da escritura pública de uma mineradora, que tenta reaver um terreno no distrito industrial de CG e despejar uma indústria de plástico, que alugou o espaço há 14 anos.
Insensatez
O juiz da comarca de Queimadas, Alex Muniz, acatou a ação da mineradora e se o TJ mantiver a decisão 300 funcionários vão perder o emprego. O despejo é insensato.
Reivindicação
O relator do processo no TJPB é o desembargador Oswaldo Trigueiro, que pode começar a mudar isso. Segundo Tatiana, a mineradora descumpriu cláusula quando alugou o espaço. “Quero reivindicar um bem da Cinep”, disse.
Elevador
Ninguém confirmou, oficialmente, mas funcionários do TRE disseram que o elevador do prédio “queimou” um andar, ontem. Ou seja, despencou alguns metros.
Susto
O sistema de segurança do elevador, de acordo com as fontes, impediu uma queda. Havia pessoas dentro, mas ninguém ficou ferido, segundo os servidores. Felizmente, teria sido só susto.