Odebrecht

Grupo de hackers publica mais documentos sigilosos que comprovam pagamento de propinas

O grupo ciberativista Anonymous publicou na tarde dessa quarta-feira (23), em sua página do Facebook, uma série de documentos que relacionam pagamentos da Odebrecht em suposto ‘caixa 2′ da empreiteira. Os hackers do grupo reuniram e publicaram parte dos arquivos da antiga contabilidade da empresa que indicam pagamento de propinas desde 1980. Os documentos que foram publicados pelo Anonymous tiveram sigilo decretado pelo juiz Sérgio Moro.

Por serem antigas as planilhas preenchidas a mão, não valem como provas. Se houve crimes, já estão prescritos. Os documentos manuscritos mostram que a contabilidade de pagamentos supostamente em troca de contratos com o poder público ocorrem há pelo menos 30 anos na Odebrecht.

Planilha da Odebrecht lista 200 políticos e valores recebidos
Os documentos também revelam que os pagamentos teriam seguido o mesmo padrão no decorrer dos anos. A lista cita nomes e codinomes de vários “parceiros”, acompanhados de obras públicas feitas pela empreiteira. Nos demais documentos, são citados os valores pagos a cada um.

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O procedimento utilizado pela empreiteira e divulgado pela Polícia Federal nesta quarta-feira segue o mesmo princípio. O juiz Sérgio Moro decretou sigilo por conter nomes de políticos com foro privilegiado.

Um dos links que os ciberativistas utilizaram levam à conta no Google Drive do Deputado Jorge Solla (PT-BA). A reportagem tentou contato com o parlamentar no gabinete da Câmara e no escritório dele em Salvador (BA), mas a assessoria não atendeu as ligações.

Os arquivos da contabilidade da empresa ficaram guardados por 20 anos com uma ex-secretária da empreiteira Conceição Andrade, hoje aposentada. Ela entregou os documentos para Jorge Solla que os enviou à CPI da Petrobrás no ano passado. “Muitos desses manuscritos entregues à CPI eram bilhetes que eu recebi do meu gerente para operacionalizar os pagamentos. Eu embalei muito dinheiro em caixas” disse Conceição ao jornal O Globo. A reportagem também procurou a Odebrecht e aguarda posicionamento da assessoria.

Confira a nota do AnonymousBR na íntegra:

https://www.facebook.com/AnonBRNews/photos/a.286106798104849.59790.276935342355328/965339213514934/?type=3

 

Fonte: Paraná Portal