Fórum dos Servidores vê crime de “prevaricação” no caso de propina de secretários e pede investigação

"E nós queremos investigações para saber de quem foi: dos delegados, dos secretários ou do próprio governador?"

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Após resposta do Ministério Público da Paraíba a solicitação do Fórum de Servidores Públicos Civis e Militares do Estado sobre suposto pedido do Governo do Estado para investigação do caso de apreensão de dinheiro, no ano de 2011, que ficou conhecido como “propinoduto”, o Fórum dos Servidores analisa certidões e constata que não houve investigação conforme disse o Governo do Estado, em nota.

De acordo com Victor Hugo, presidente do Fórum, ” As certidões apresentadas pelo Ministério Público ao Fórum confirmam que em momento algum o governador solicitou a apuração do escândalo em que secretários de governo e o próprio irmão do governador estariam sendo beneficiados com o pagamento de propina”.

O presidente do Fórum disse que quer mais investigações para saber de onde houve o crime de “prevaricação”: “Se não houve a investigação em 2011, como dizem as certidões enviadas pelo Ministério Público, então, houve o crime de prevaricação. E nós queremos investigações para saber de quem foi: dos delegados, dos secretários ou do próprio governador?”, questionou.

Diante dos fatos o procurador-geral Bertrand Asfora determinou a imediata instauração de processo para apurar a suposta protocolização do Governo do Estado, como também o suposto pagamento de propina.

“Foi feito um levantamento minucioso nos setores competentes do Ministério Público, inclusive naqueles não informatizados, pelos responsáveis legais de cada órgão”, informa o procurador-geral de Justiça, Bertrand de Araújo Asfora.

As certidões enviadas ao Fórum de Servidores são dos seguintes órgãos do MPPB: Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade Administrativa (Ccrimp), Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Promotorias de Justiça do Patrimônio Público da Capital, Núcleo de Apoio às Promotorias criminais (NAAPC) e Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (Ncap).