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Estudante encontra barata em refeição do Restaurante Universitário da UFPB

Estudante encontra barata em refeição do Restaurante Universitário da UFPB

João Pessoa - Uma estudante da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) afirmou ter encontrado uma barata em sua refeição no Restaurante Universitário (RU) do Campus I, em João Pessoa, na manhã desta terça-feira (19).

A aluna relatou que o inseto foi identificado enquanto almoçava no local. A Pró-Reitoria de Assistência e Promoção ao Estudante (Prape) confirmou que está apurando a denúncia e que medidas serão adotadas para evitar que situações semelhantes se repitam.

A ocorrência não é a primeira envolvendo problemas de higiene no restaurante: alunos já haviam registrado a presença de moscas e baratas em refeições e no ambiente do RU.

Caso ocorre um dia após protesto contra aumento no preço das refeições

O episódio acontece apenas um dia após estudantes protestarem contra o aumento no preço das refeições.

Na segunda-feira (18), centenas de alunos ocuparam a entrada do restaurante em manifestação contra o reajuste de R$ 15,01 para R$ 17,33, valor que mantém o RU da UFPB como o mais caro entre as universidades federais do país.

Na Universidade Federal do Piauí (UFPI), por exemplo, o custo da refeição sem subsídio é de apenas R$ 0,80.

Reitoria explica o motivo do reajuste

Segundo a vice-reitora da UFPB, Mônica Nóbrega, o reajuste foi inevitável após a empresa vencedora do último pregão recusar-se a assumir o contrato.

Para manter o funcionamento do restaurante, a instituição prorrogou o contrato com a atual operadora, que concordou com a continuidade do serviço mas pediu o aumento do valor da refeição.

Para reduzir os impactos, a universidade convocou cerca de 300 alunos que estavam na lista de espera para o auxílio integral do RU, garantindo gratuidade, e anunciou um novo edital de auxílio parcial (50% do valor), que deve dobrar o número de beneficiados (atualmente 505).

Apesar das medidas, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFPB divulgou nota de repúdio classificando o aumento como “excludente” e cobrando mais transparência nos contratos firmados com as empresas terceirizadas.

Os estudantes também reforçam que o RU deve cumprir sua função social de assegurar alimentação acessível à comunidade acadêmica, especialmente àqueles em situação de vulnerabilidade.