Esposas dos PMs não desistiram de ideia de bloquear viaturas nos quartéis - Polêmica Paraíba

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Esposas dos PMs não desistiram de ideia de bloquear viaturas nos quartéis

ES - REUNIÃO/PMS/ESPÍRITO SANTO - GERAL - Mulheres de policiais militares do Espírito Santo deixam o Palácio Fonte   Grande, em Vitória, após nove horas e meia de reunião com representantes   do governo do Espírito Santo, na noite da quinta-feira, 09. Após o   encontro, algumas manifestantes deixaram o local demonstrando revolta com   a postura da gestão Paulo Hartung (que está licenciado por motivos de   saúde). Elas afirmaram que o governo não sinalizou com nenhum tipo de   reajuste salarial e chamaram o governador de "bandido", no fim da noite   desta quinta. Os PMs, que estão há quatro anos sem aumento, reivindicam   reposição salarial de 43%. Se não houver acordo entre as partes, o motim   dos PMs capixabas vai entrar no sétimo dia nesta sexta-feira, 10. O   governo calcula que o aumento pretendido pela categoria representaria um   custo adicional de R$ 500 milhões nos gastos com a folha de pagamento. O   Executivo, no entanto, diz que já ultrapassou o limite de alerta de   despesas com pessoal (44,1% da Receita Corrente Líquida) estabelecido pela   Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).   10/02/2017 - Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
ES - REUNIÃO/PMS/ESPÍRITO SANTO - GERAL - Mulheres de policiais militares do Espírito Santo deixam o Palácio Fonte Grande, em Vitória, após nove horas e meia de reunião com representantes do governo do Espírito Santo, na noite da quinta-feira, 09. Após o encontro, algumas manifestantes deixaram o local demonstrando revolta com a postura da gestão Paulo Hartung (que está licenciado por motivos de saúde). Elas afirmaram que o governo não sinalizou com nenhum tipo de reajuste salarial e chamaram o governador de "bandido", no fim da noite desta quinta. Os PMs, que estão há quatro anos sem aumento, reivindicam reposição salarial de 43%. Se não houver acordo entre as partes, o motim dos PMs capixabas vai entrar no sétimo dia nesta sexta-feira, 10. O governo calcula que o aumento pretendido pela categoria representaria um custo adicional de R$ 500 milhões nos gastos com a folha de pagamento. O Executivo, no entanto, diz que já ultrapassou o limite de alerta de despesas com pessoal (44,1% da Receita Corrente Líquida) estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 10/02/2017 - Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

ES - REUNIÃO/PMS/ESPÍRITO SANTO - GERAL - Mulheres de policiais militares do Espírito Santo deixam o Palácio Fonte Grande, em Vitória, após nove horas e meia de reunião com representantes do governo do Espírito Santo, na noite da quinta-feira, 09. Após o encontro, algumas manifestantes deixaram o local demonstrando revolta com a postura da gestão Paulo Hartung (que está licenciado por motivos de saúde). Elas afirmaram que o governo não sinalizou com nenhum tipo de reajuste salarial e chamaram o governador de "bandido", no fim da noite desta quinta. Os PMs, que estão há quatro anos sem aumento, reivindicam reposição salarial de 43%. Se não houver acordo entre as partes, o motim dos PMs capixabas vai entrar no sétimo dia nesta sexta-feira, 10. O governo calcula que o aumento pretendido pela categoria representaria um custo adicional de R$ 500 milhões nos gastos com a folha de pagamento. O Executivo, no entanto, diz que já ultrapassou o limite de alerta de despesas com pessoal (44,1% da Receita Corrente Líquida) estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 10/02/2017 - Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

As esposas dos policiais militares organizam reunião esta semana e aguardam convocatória do Governo do Estado para negociar melhores condições de trabalho e reposição salarial para seus maridos. A Associação de Esposas, Mães e Pensionistas de Policiais e Bombeiros Militares da Paraíba (Assemp) não descarta a realização de bloqueio semelhante ao ocorrido no Espírito Santo, caso as reivindicações não sejam atendidas. A perda salarial desde 2010, atingiu 58,26%.

Zoraide Gouveia, presidente da Assemp informou que nova assembleia será realizada ainda esta semana para discutir a situação dos militares. “Não tem data e local, mas, vamos tratar desse descaso do governo com nossos filhos e maridos e decidir que atitude vamos tomar. Não descartamos a possibilidade de fazer o mesmo que foi feito no Espírito Santo. Esperamos que não chegue a esse ponto, que haja uma convocação para conversar, desde 2011 que a gente tenta e nunca atenderam. Somos mais de 250 mulheres e em Campina Grande, João Pessoa e outros municípios, mas, muitas outras estão procurando para aderir. Vamos tomar conta, em cada localidade haverá uma representante. A associação era só um compartimento na Borborema em 2009 e depois passou a ser em todo o Estado, com registro em 2014”, disse.

“Temos mais adesão agora por estar sendo exposto o que de fato acontece. Dizem que deram 75% de aumento e a gente que é esposa, dona de casa, sabe que isso não ocorreu. A Polícia Militar da Paraíba tem o pior salário do Brasil. Não queremos o primeiro, mas, que também não fosse o último. Nos vídeos de campanha foi prometido o subsídio, risco de vida e nada cumprido. Foi pior que o outro (governador). Chegamos a um ponto em que não aguentamos mais e não há como nos punir por falar, pois, não somos subordinadas e nossos maridos estão cumprindo seus papéis”, enfatizou Zoraide.

Associação propõe negociação

A Amep informou que a proposta de reajuste é de 45% e que tentará resolver com negociação. “Para que não deságue na sociedade que não tem culpa e já paga muitos impostos para ter o serviço. Nossa visão é não radicalizar, voltada para o diálogo. Tomamos conhecimento que o governo sinalizou conversa com a Polícia Civil e estamos dispostos a dialogar. Até para não expor o policial e a família que já têm vários problemas. A Amep é mais interiorizada, independente das associações da capital e tem 400 sócios espalhados pelo interior”, disse Luciano Gomes, presidente interino.

Cobrança. Em assembléia na última sexta, o Clube dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar da Paraíba decidiu encaminhar documento ao Estado cobrando melhores salários e reparação nas perdas inflacionárias. Segundo o COPM-BM, o reajuste foi de 12% frente à inflação de 58,26% desde 2010.

Diálogo. O secretário de Governo do Estado da Paraíba, Nonato Bandeira, disse que o governo está disposto a conversar com a categoria. Ele afirmou ainda que esteve na espera do presidente do Clube dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar da Paraíba, coronel Francisco, mas que não foi procurado. As afirmações foram feitas no programa Correio Debate, da rádio 98 FM/ Correio Sat. “Eu soube sábado que o coronel Francisco iria procurar o governo. Coloquei até o paletó para recebê-lo e ele não foi. As portas estão abertas. Estava aguardando e não foi ninguém. Eu fiquei lá no Palácio e não foram entregar documentos”, disse.

Por fim, Nonato sugeriu uma unificação nacional no piso dos policias e que passasse a ser bancado pelo governo federal.

Fonte: Correio da Paraíba