Em seu depoimento à PF (Polícia Federal), o tesoureiro-geral do partido Solidariedade, Luciano Araújo, detalhou que a construtora UTC fazia pagamentos em espécie ao partido a cada 45 dias, antes mesmo da formalização da legenda, com valores entre 20 mil reais e 40 mil reais.
“Os repasses eram feitos em dinheiro vivo porque a empresa não desejava operacionalizar por meio de transferências”, explicou o tesoureiro. Araújo frisou, ainda, a proximidade entre o dono da UTC, Ricardo Pessoa, e o deputado Paulinho da Força (SP), presidente da legenda.
O depoimento ocorreu em outubro, no inquérito do STF (Supremo Tribunal Federal) que investiga a suposta venda de informações privilegiadas do TCU (Tribunal de Contas da União) ao dono da construtora por parte do advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do órgão, Aroldo Cedraz.
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Além de primos e ex-sócios, Tiago e Araújo fazem parte da executiva nacional do Solidariedade – o advogado é secretário de assuntos jurídicos do partido.
Pessoa informou ter feito um pagamento único de 1 milhão de reais a Tiago para obter informações sobre o processo referente a obras da usina nuclear Angra 3, em Angra dos Reis (RJ). O dinheiro seria destinado ao ministro do TCU Raimundo Carreiro, relator do processo.
Também são investigados o próprio Carneiro e os senadores do PMDB Edison Lobão (MA), Romero Jucá (RR) e Renan Calheiros (AL), presidente da Casa.
Fonte: AG
