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Debate na Band: Dilma e Aécio trocam acusações em segundo bloco

A candidata Marina Silva abriu o bloco perguntando para a presidente Dilma Rousseff sobre os pactos apresentados por ocasião das manifestações de junho

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O segundo bloco do debate entre presidenciáveis na Band colocou os candidatos frente a frente. Os candidatos podiam perguntar para os adversários – a ordem das perguntas foi definida por sorteio e cada candidato só podia ser perguntado duas vezes.

A candidata Marina Silva abriu o bloco perguntando para a presidente Dilma Rousseff sobre os pactos apresentados por ocasião das manifestações de junho. “Nada disso funcionou. O que deu errado?”, questionou Marina. “Eu considero que tudo deu certo, veja você”. Dilma mencionou os cinco pactos – educação, em que citou a lei que dedica o dinheiro dos royalties do pré-sal para a área; saúde, em que ela mencionou o programa Mais Médico, que atende a 50 milhões de pessoas, segundo a presidente; estabilidade econômica, que a presidente afirmou que é atendida com a redução da inflação; e reforma política, que o projeto enviado pela presidência não foi aprovado pelo Congresso.

“Acredito que reforma política no Brasil precisará da participação popular, de um plebiscito”. O último pacto foi mobilidade e a presidente citou investimentos em BRT e outros meios de transporte.

“Esse Brasil que a presidente Dilma acaba de mostrar, colorido, quase cinematográfico, não existe na vida das pessoas”, atacou Marina Silva, dizendo que o cidadão vive preso em engarrafamentos e na penúria da saúde. Dilma rebateu falando sobre a reforma política. “Só a força do povo brasileiro é capaz de transformar as instituições políticas que tanto precisamos”, defendeu. “No que se refere a educação, eu considero que nós tivemos um grande salto. Por exemplo, vou citar o Pronatec. Oito milhões de jovens adultos fazendo cursos”.


Dilma questiona Aécio

A presidente então questionou o candidato tucano, citando o governo de Fernando Henrique Cardoso, que deixou a presidência com alta de taxa de desemprego, e quis saber que “medidas impopulares” ele tomaria caso eleito. “Estamos preparados para fazer o Brasil voltar a crescer (…) Durante o governo da senhora, presidente 1 milhão e 200 mil vagas foram embora porque a indústria brasileira foi sucateada”, afirmou. Ele usou dados do Caged para dizer que o país parou de crescer. “Tivemos mais uma vez um dos piores crescimentos entre todos os nossos vizinhos”. Ele afirmou que “intervencionismo absurdo” em setores como energia atrapalham o crescimento. “A grande verdade é que o governo do PT surfou e se valeu de reformas do governo do presidente Fernando Henrique”.

“A verdade, candidato, é que o governo do PSDB, que parece que o senhor não vai adotar, quebrou o Brasil três vezes”, contra-atacou Dilma. “Na verdade, nós geramos mais empregos do que vocês em oito anos (…) Os número não podem ser enganosos”. Dilma falou ainda em ‘tarifaço’ e ‘arrocho’ em governos do PSDB.

“Me permito ficar com a primeira presidente Dilma, que no início do seu mandato escreveu uma carta cumprimentando a estabilidade econômica do governo Fernando Henrique (…) Foram os programas sociais inciados no governo Fernando Henrique que levaram hoje ao Bolsa Família”.

Pastor Everaldo ataca Dilma
Logo em seguida, o candidato Pastor Everaldo optou por questionar a presidente Dilma e atacou a proximidade do governo petista com Cuba. “Seu governo favorece a ditadura cubana, que não respeita os direitos humanos. Investiu na construção de um porto em Cuba. É justo fazer isso com o dinheiro, o suor, o sangue do trabalhador brasileiro?”, quis saber o candidato.

Dilma afirmou que o governo financia empresas brasileiras. “O Brasil que antes só olhava para países desenvolvidos hoje olha para todo o mundo, países na África, vizinhos, e tem uma relação muito desenvolvida com os países BRICs (…) E isso permitiu que criássemos o banco BRIC”, respondeu Dilma.

“No meu governo, o dinheiro do trabalhador brasileiro vai ficar no Brasil”, rebateu Pastor Everaldo. “Quando se financia empresa no exterior assegura empregos aqui. A mesa do trabalhador brasileiro tem padrão de consumo que nunca teve”, afirmou Dilma, na tréplica.