De calças na mão

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Marcos Tavares

Em toda a Latina América, o Brasil deve ser hoje o país mais mal armado e o que possui o menor contingente treinado e equipado para defender seu território. Historicamente já fomos apanhados duas vezes nessa situação. Primeiro na Guerra do Paraguai, quando nem exército tínhamos e fomos forçados a lutar com batalhões de voluntários e escravos negros. Por isso, o início da guerra foi um desastre para nós e somente vencemos pela quantidade numérica e pelo poder financeiro do país. Na Segunda Guerra tivemos o mesmo dissabor. As tropas brasileiras que chegaram à Itália tiveram de ser vestidas, armadas e treinadas pelos americanos.

Não nos deixemos iludir pelo clima de paz que parece reinar abaixo do Equador. Temos riquezas preciosas, inclusive uma das que serão mais raras no futuro, a água. Temos a Amazônia, o último pulmão do mundo que em alguns mapas já aparece como território internacional, e não temos como nos defender em caso de um ataque nem dos nossos próprios vizinhos, todos eles na nossa frente na corrida armamentista. Temos uma força aérea deficiente, uma marinha sucateada e um exército que, segundo seus comandantes, carece até de munição.

Todos os países que confiaram demais na paz acabaram pagando caro por isso. Como uma República independente, deveríamos dar mais atenção à nossa defesa e se instrumentar, não para o ataque, mas para a possibilidade de sermos atacados. Os militares mandaram no país durante mais de 20 anos, mas preferiram torturar a se rearmar, e nossa democracia herdou esse defeito não colocando a segurança do Estado e de suas fronteiras como uma prioridade do governo e um dever de quem governa.

Comparação

O prefeito Luciano Cartaxo deixa para a próxima semana o anúncio do aumento que vai dar aos barnabés municipais.

Historicamente os aumentos municipais são maiores do que os concedidos pelo Estado, e Cartaxo vai fazer a festa justamente em cima da medida do governador Ricardo Coutinho que veta os patamares votados pelos deputados para o aumento do servidor.

Nesse clima de guerra em que vive politicamente a Paraíba, não vão faltar comparações entre um e outro gestor. E quem for podre que se rebente.

Reclame

A Justiça e o TCE querem mais transparência nos gastos com a publicidade oficial, tanto no Estado como nas prefeituras.

A secretária Estelizabel, da Comunicação do Estado, vai ter de explicar como gastou R$ 60 milhões em divulgação.

Querem saber os detalhes de quem recebeu e como foi feito o pagamento.

Inflação

Somente na propaganda oficial a inflação está sob controle. Para quem vive normalmente e faz feira, é notável o aumento de produtos básicos.

O dragão acorda com sede.

Voando

Acho mesquinhas essas investigações sobre quem voou e para que voou e se o avião era oficial.

Uma simples viagem não vai quebrar nosso Estado.

Forasteiros

Em Campina Grande, a grita é pela exclusão dos artistas da casa na programação do São João.

Biliu de Campina, um ícone da cidade, não vai cantar este ano.

Exemplo

Um belo exemplo de relação entre profissional e empresa. A Record renovou o contrato do humorista Shaolin.

Mesmo ele estando em coma e afastado das funções, continua recebendo seu salário.

Assaltos

Continuam os assaltos a bancos e as mortes de adolescentes.

O que mais precisamos para que os encarregados da nossa segurança despertem?!

Maraca

Ficou ruim para o Brasil a interdição do Maracanã, mesmo ela tendo sido revogada imediatamente.

Isso deixa dúvidas no ar para quem pretende sediar uma Copa e uma Olimpíada.

Frases…

Mudanças – A realidade muda. Só os sonhos permanecem.
Pecados – O remorso não impede o mesmo erro outra vez.
Desumano – Se errar é humano, logo todo acerto é uma desumanidade.