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COVID-19: vacinação e classe social, quem terá acesso primeiro no Brasil? - Por Larissa Freitas

A Fiocruz anunciou um entendimento com o laboratório AstraZeneca para produzir, a partir de dezembro, milhões de doses da vacina contra o coronavírus, desenvolvida pela Universidade de Oxford.

 

O Brasil registrou 1.048 mortes pela Covid-19 confirmadas nas últimas 24 horas, chegando ao total de 93.616 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.017 óbitos, uma variação de -4% em relação aos dados registrados em 14 dias.

A Covid-19, chegou devastando a saúde física e mental da população. Mas nos últimos dias uma notícia aumentou as esperanças dos brasileiros. A Fiocruz anunciou um entendimento com o laboratório AstraZeneca para produzir, a partir de dezembro, milhões de doses da vacina contra o coronavírus, desenvolvida pela Universidade de Oxford.

Mas será que todos terão acesso a essa vacina? Se formos comparar com a disponibilização dos testes para a doença, a resposta é não! Em um primeiro momento, o Brasil teve problemas para disponibilizar testes. Somente os hospitais estavam realizando o exame para a covid-19 e para fazer, a pessoa precisaria estar ‘nas últimas’. Um exame mais específico também foi disponibilizado nos laboratórios particulares, que identifica a presença do vírus no organismo, custa entre R$ 280 e R$ 480.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), pretos, pardos, pobres e sem estudo são mais afetados pela Covid-19.Os resultados mostram que, além de relatarem incidência maior dos sintomas da Covid-19, brasileiros desses grupos também sentiram de maneira mais forte os impactos econômicos provocados pela pandemia, que levou ao fechamento de estabelecimentos e suspensão de operações industriais.

O país em crise financeira, grande parte da população sem emprego e muitos sobrevivendo com os R$ 600 do auxílio emergencial. Assim como foi e é difícil ter acesso a testes mais específicos, futuramente o acesso à vacina que será disponibilizada de “início” de forma particular; e pessoas com a melhor classe social serão as que terão acesso em primeira mão.

Em comparação com o Brasil, a Rússia anunciou  que pretende fazer vacinação em massa da população já em outubro. O país poderá ser o primeiro a iniciar uma campanha de imunização da população. O que nos resta é torcer para que toda a população tenha acesso a vacinação, sem discriminação de raça e classe social.

 

 

Fonte: Larissa Freitas
Créditos: Polêmica Paraíba