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Conselho Nacional do Ministério Público afasta por 90 dias promotor da Infância de João Pessoa

Por maioria, o Plenário do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) acolheu proposta do conselheiro Luiz Moreira e instaurou Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) e afastou, por 90 dias, o promotor da Infância Infracional de João Pessoa Valfredo Alves Teixeira, que se envolveu em discussão no Campestre Clube, na cidade de Sousa, Paraíba.

Conselho Nacional do Ministério Público afasta por 90 dias promotor da Infância de João Pessoa
PROMOTOR

Por maioria, o Plenário do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) acolheu proposta do conselheiro Luiz Moreira e instaurou Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) e afastou, por 90 dias, o promotor da Infância Infracional de João Pessoa Valfredo Alves Teixeira, que se envolveu em discussão no Campestre Clube, na cidade de Sousa, Paraíba.
O corregedor nacional do MP, Alessandro Tramujas, informou, durante a 21ª Sessão Ordinária do CNMP, nesta segunda-feira, 17 de novembro, que já havia instaurado Reclamação Disciplinar (RD) e a enviada ao Ministério Público do Estado da Paraíba (MP/PB)) para apurar as informações contidas no vídeo que está circulando nas redes sociais.

O afastamento do promotor está condicionado à instauração da portaria do PAD pelo conselheiro que for designado relator, que terá o prazo de 72 horas, após o recebimento do processo, para encaminhar o documento à publicação.

 

ENTENDA O CASO

 

Promotor de Justiça ameaça ‘bater no filho, no pai, até na raça todinha’

Valfredo Alves Teixeira, do Ministério Público da Paraíba, envolveu-se em tumulto no clube por causa de briga de crianças. As imagens estão no Youtube

O promotor de Justiça da Paraíba Valfredo Alves Teixeira, que atua na área da infância e juventude, envolveu-se em um tumulto no Campestre Clube, cidade de Sousa (PB), sábado, 8, em meio a uma briga de crianças. As cenas que o promotor Teixeira protagonizou foram parar nas redes sociais.

O promotor ficou nervoso porque seu filho teria apanhado. “É briga de criança”, alguém minimizou. “Ele bateu várias vezes no meu filho”, queixou-se o promotor de Justiça, que aparece nas imagens, de camiseta branca.

“E a sua bateu nas costas do meu de sandália”, retrucou uma mulher, mãe de uma das crianças. “Sua esposa (do promotor) viu quando ele bateu de sandália, todo mundo tá de testemunha que ele bateu, ficou as costas marcadas.”

Em certo momento, o promotor imaginou que um homem próximo da confusão estava armado.

Teixeira deu as ordens. “Eu vou lhe dar dois passos prá você tirar a mão de sua bolsa. Eu vou ligar prá polícia agora, certo?”

“Ele não está armado não”, disse um rapaz.

O promotor exaltou-se. “Eu não tô autoridade, eu não sou de autoridade porra nenhuma.”

 

A mãe da criança que teria brigado com o filho do promotor tentou apaziguar. “Aqui veio todo mundo prá se divertir, ninguém veio prá brigar, ninguém veio se divertir com arma, certo? Nem com agressão. Se foi briga de criança, quem apanhou foi o meu e sua esposa viu o tanto que ele apanhou que bateu nos seus filhos.”

O promotor partiu para a ameaça. “Se bater no meu filho como ele fez bato nele, bato no pai dele, bato até na raça todinha.”

Alguém comentou. “Se ele vier prá cima de mim ele leva um murro na focinheira.”