Congresso promete proteger patrimônio em protesto

foto

Uma nova manifestação popular está prevista para hoje em frente ao Congresso Nacional, e pretende reunir um número bem maior que as dez mil pessoas presentes na marcha da última segunda-feira, mas ainda assim a expectativa dos senadores é de uma jornada pacífica. A legitimidade dos protestos voltou a ser defendida ontem pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. Segundo ele, a principal lição a ser aprendida neste momento é a da humildade. No entender do senador, os brasileiros querem ampliar seus direitos e o Legislativo está pronto para fazer a sua parte. “Temos que respeitar as manifestações e espero que as coisãs não se exarcebem”, afirmou.

O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, André Vargas, do PT-PR, disse à agência de notícias daquela Casa que já conversou sobre o assunto com Renan e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Vargas anunciou que serão adotadas medidas para proteger o patrimônio público, mesmo que a expectativa seja de um protesto pacífico. “O Congresso já deu um sinal: teremos uma comissão geral na quarta-feira próxima para discutir um dos assuntos centrais do movimento: a tarifa do transporte público. A manifestação é uma festa da democracia, mas deve ser tranquila e serena”, pregou.

O deputado adiantou que, ao contrário do que ocorreu na segunda, não será permitida a ocupação do teto do Congresso Nacional para não colocar em risco a integridade dos próprios manifestantes. “O que aconteceu segunda nos deixou muito temerosos”, acrescentou. Entre os temas do novo ato estão a redução do preço de passagens, as ríticas aos custos com a Copa do Mundo e a rejeição à PEC que retira o poder de investigação do Ministério Público. Os manifestantes também pedem mais investimentos em saúde e educação. O senador Cyro Miranda, do PSDB de Goiás, advertiu que é preciso acordar diante das manifestações que tomaram conta das ruas nas principais cidades do país nos últimos dias. “Os três Poderes precisam assumir suas responsabilidades. O governo, em particular, deve ser questionado sobre a situação da economia”, alertou ele. (Agência Senado)