Rubens Nóbrega
O ‘negócio’ ia até bem, mas de duas semanas pra cá alguns dos nossos representantes no Congresso recolocaram a Paraíba em manchetes ruins de alcance nacional. Dois deles, os senadores Cícero Lucena e Vital Filho, foram acusados de empregar ‘fantasmas’ em seus gabinetes.
Solicitei explicações ontem, via i-meio. Imediatamente após, comuniquei a remessa das mensagens pelo twitter, adiantando o assunto para todo mundo ver e saber.
A propósito, esse twitter é o bicho! Agora, não adianta o cara dar uma de João sem Braço diante de minhas solicitações por informação e esclarecimento.
No caso que trago hoje à coluna, para ter certeza maior ainda de que os senadores tomariam conhecimento de uma forma ou de outra da minha demanda, acionei alguns de seus assessores especiais, aos quais mandei cópia do meu pedido.
Ao senador do PMDB, perguntei se ele teria empregado a esposa de um jornalista e uma filha do ex-governador José Maranhão, que receberiam salário do Senado sem dar um prego numa barra de sabão. Ao senador do PSDB, se a sua ‘fantasma’ seria uma filha do empresário João Rafael.
Cícero respondeu
Através de sua Assessoria de Imprensa, em mensagem transmitida pelo jornalista Victor Paiva, o senador Cícero Lucena prestou os esclarecimentos que reproduzo a seguir.
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Em relação à recente notícia sobre a contratação da srª. Jacquelyne de Lucena Aguiar, cabe informar que o gabinete do senador Cícero Lucena não emprega funcionário fantasma. A srª Jacquelyne de Lucena Aguiar foi exonerada em 17 de fevereiro de 2012.
A servidora tomou posse e entrou em exercício nesta Casa em 22/06/2011, no cargo, em comissão, de Assistente Parlamentar símbolo AP-8. O sistema biométrico de controle detectou que a servidora não estava registrando sua frequência. O gabinete de lotação da servidora não realizou, durante todo o período, qualquer abono das faltas detectadas, que foram todas mantidas.
Como medida inicial decorrente dessa apuração, a Secretaria de Recursos Humanos do Senado Federal começou a descontar da servidora, a partir do mês de outubro, as faltas identificadas, culminando, em fevereiro, com a sua exclusão da folha e conseqüente exoneração.
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Faltou dizer se ela, mesmo não trabalhando, recebeu entre junho e outubro do ano passado e porque a exoneração somente ocorreu após o caso vir a público.
Vital Filho não
O senador campinense não deu a menor, mas sua omissão ou indiferença foi parcialmente suprida pelo jornalista Carlos Magno, casado com uma das supostas fantasmas. Confiram adiante o esclarecimento.
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Rubens, Adriana é funcionária do Escritório do Senador em Campina Grande, exercendo suas funções referentes à contabilidade e Recursos Humanos normalmente, como profissional Contadora (CRC 6.888) e Especialista em Recursos Humanos, graduada e pós-graduada pela nossa Universidade Estadual da Paraíba – UEPB.
O jornalista que originalmente fez a matéria, do jornal O Globo, falou genericamente sobre funcionários que nunca pisaram em Brasília. Na verdade, se ele se referiu a Adriana, demonstrou não saber que os senadores têm escritórios nos seus estados, com funcionários contratados, o que é absolutamente legal, pois a representação nos estados está prevista no Regimento Interno do Senado.
Por tudo isso, vejo a injustiça da citação do nome de Adriana na matéria, pois ela trabalha – e muito – e ganha seu dinheiro honestamente, exercendo as suas funções com dedicação e amor à profissão que abraçou.
Quem conhece Vitalzinho sabe que ele é muito exigente. Adriana fica disponível não apenas no horário normal de trabalho, mas além deste, pois frequentemente recebe demandas à noite e nos finais de semana. Ela faz o que gosta e exerce dignamente sua função.
Acho que você deve concordar também que a função contábil deve ser exercida por um profissional de reconhecida competência e, sobretudo, confiança, atributos que Adriana tem de sobra. Qualquer dúvida adicional, estou à disposição do amigo.
Um abraço, Carlos Magno, Jornalista.
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Carlos Magno fez a sua parte. Quando ao senador Vital Filho, o espaço ficará aberto para ele, querendo, esclarecer se realmente empregou a filha do ex-governador José Maranhão e se a moça presta ou não serviço efetivo no gabinete ou ao gabinete.
Tem jeito não…
Quando penso que enfim apareceu alguém diferente, para fazer a diferença…