CONFUSÃO

Casal que xingou Zé de Abreu era de amantes; advogado é casado com outra

Bate boca aconteceu em restaurante

https://www.facebook.com/ricardomellobranco/videos/1000110230058470/

É uma daquelas situações incompreensíveis a forma como algumas pessoas estão tratando o episódio envolvendo o ator global José de Abreu e um (aparentemente) jovem casal na semana passada.

O caso é extremamente simples. Qualquer pessoa com olhos e ouvidos em funcionamento é capaz de entender exatamente o que ocorreu entre as pessoas supracitadas. Porém, entre o fato e a versão há sempre uma zona nebulosa que permite aos espertalhões distorcerem a verdade.

Para entender o que aconteceu não é muito difícil. Basta rever o episódio, gravado em vídeo e reproduzido à exaustão na internet. Porém, o vídeo que você verá a seguir é diferente dos outros. Teve áudio e definição aumentados.

Está tudo muito claro. Um casal (José de Abreu e sua mulher, Priscila Petit) está jantando calmamente em um restaurante. A parte masculina do casal é um ator consagrado. Não exerce cargo público, vive de seu trabalho como ator na maior emissora de televisão do país.

Abreu é simpatizante do Partido dos Trabalhadores e não esconde a sua opinião política de ninguém. Apaixonado por política, trava debates homéricos na internet. Mas não tem qualquer relação formal com administrações petistas.

Outro personagem dessa história é a lei Rouanet. Trata-se de uma lei federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991), sancionada pelo então Presidente Fernando Collor de Mello.

A lei Rouanet, portanto, tem um quarto de século de existência. Não foi criada pelos governos do PT e permite que empresas abatam do imposto de renda valores (até um limite) que investirem em produções culturais.

Ao contrário do que pensam os fascistas que acusam e agridem qualquer um que divirja deles politicamente, a lei Rouanet não dá dinheiro público para ninguém e quem recebe seus recursos não é um ator, mas o produtor de um filme ou peça de teatro.

Muito bem. Abreu jantava com a esposa quando começou a ser insultado por um casal na mesa contígua à sua em um restaurante de São Paulo. Foi chamado de “safado”, de “ladrão da lei Rouanet” e sua esposa foi chamada de “vagabunda” pelos agressores.

O que motivou a agressão desse casal foi a opinião política do ator. Ou seja: o casal agressor viu o homem jantando com a esposa e se julgou no direito de insultá-lo dessa maneira, fazendo acusações desse calibre, provavelmente sem nem saber o que é a lei Rouanet.zé de abreu

A reação previsível de um homem que é tratado dessa forma e vê esposa, mãe, filha ou irmã sendo tratada de forma ainda pior dificilmente seria a de não dar bola ou contemporizar. Parcela expressiva de pessoas do sexo masculino, aliás, teria reação violenta.

Abreu, tomado pela indignação, cuspiu no agressor.

Eis que surge um movimento dos grupos antipetistas que atuam na internet querendo anular, fazer sumir a causa de Abreu ter cuspido no casal que o agrediu e à sua esposa.

Uma jornalista petefóbica espertinha que escreve no portal IG decidiu perguntar a advogados se cuspida é crime. Submeteu a eles a pergunta sem expor a situação completa. Apenas perguntou se cuspir em alguém é crime.

Fonte: Plantão Brasil