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Caciques do PSB se reúnem em SP para definir rumo de candidatura: Roberto Amaral cotado pra vice

Para nome forte do partido, Marina Silva seria a escolha de Eduardo Campos


RIO — Caciques do PSB se reuniram na manhã desta quinta-feira em São Paulo para discutir a logística de remoção do corpo de Eduardo Campos para Recife e discutir os rumos do partido na campanha presidencial. O vice-presidente nacional do partido, Roberto Amaral, o líder no Senado, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), o líder na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), o presidente do partido no Rio, deputado Gláuber Braga e o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) estão na capital paulista. Roberto Freire, presidente nacional do PPS, um dos partidos que compõem a chapa, também está em São Paulo. Nos âmbito do PSB o nome de Roberto Amaral é lembrado para ser vice de Mariana.

Júlio Delgado afirmou que Eduardo Campos, caso estivesse vivo, gostaria de ver Marina Silva candidata. A ex-senadora, vice na chapa da coligação “Unidos pelo Brasil” (PSB, PPS, PHS, PRP, PPL, PSL, além da Rede), ainda não se posicionou sobre o assunto.

— É um sentimento que tenho (de que Eduardo gostaria de ver Marina candidata), pela relação que eles construíram ao longo dos últimos meses — afirmou, por telefone, o deputado, presidente do PSB em Minas Gerais e integrante do Diretório Nacional do partido

O prazo do partido para resolver a questão é apertado. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estipula um prazo de dez dias para a definição sobre a candidatura, mas a agenda é ainda mais apertada, já que a campanha na televisão começa na próxima terça-feira.

NOME ESPECULADO

Por telefone, a secretária de Roberto Amaral afirmou que o vice-presidente do partido estava em reunião. Delgado, um dos nomes influentes do partido e ventilado como um possível candidato a vice-presidente, nega que a sucessão presidencial esteja na pauta do encontro.

— Estou aqui com o (Rodrigo) Rollemberg, o Beto (Albuquerque) e o Roberto Amaral e não existe essa discussão. Estamos aqui para prestar as últimas homenagens ao nosso grande irmão, o Eduardo — afirmou.

Questionado se aceitaria uma indicação do partido para a vice-presidência da chapa, o deputado desconversou.

— Não existe essa especulação, em momento nenhum isso foi conversado. Não vou falar sobre o futuro, porque o presente é a dor.

Delgado, candidato à reeleição para deputado federal, ressaltou que ainda é cedo para o partido tomar alguma decisão.

— O abalo do pessoal ligado ao Eduardo é muito grande. Não existe posicionamento, batida de martelo. Primeiro, estamos pegando energia. O que eu tenho é um sentimento (sobre Marina), mas não é uma deliberação e nem uma decisão partidária. O que pode acontecer (alguma posição do partido) é em Recife, após o sepultamento, porque, por enquanto, não tem a menor condição. Hoje, nada acontece, isso eu posso garantir — afirmou o deputado, destacando que não é nenhuma reunião partidária agendada para debater o assunto.