Ao voltar ao campo girassol, o PMDB perde mais do que ganha. “É o princípio da reciprocidade."- Por Laerte Cerqueira - Polêmica Paraíba

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Ao voltar ao campo girassol, o PMDB perde mais do que ganha. “É o princípio da reciprocidade."- Por Laerte Cerqueira

Juntos outra vez - Eis que o mundo da política paraibana gira e os personagens que pareciam distantes se aproximam mais uma vez. O senador eleito José Maranhão (PMDB) esteve ao lado de Ricardo Coutinho (PSB), candidato à reeleição, quando venceram a prefeitura da capital, em 2004. Na época, o deputado federal eleito Manoel Junior foi a indicação peemedebista para vice. A união ficou estremecida em 2008, quando RC escanteou o aliado e se candidatou à reeleição com uma chapa puro sangue. De lá para cá, separação e farpas. Inclusive quando disputaram o mesmo espaço no Palácio da Redenção, em 2010.

Ao voltar ao campo girassol, o PMDB perde mais do que ganha. “É o princípio da reciprocidade."- Por Laerte Cerqueira

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Juntos outra vez – Do Jornal da Paraíba

Eis que o mundo da política paraibana gira e os personagens que pareciam distantes se aproximam mais uma vez. O senador eleito José Maranhão (PMDB) esteve ao lado de Ricardo Coutinho (PSB), candidato à reeleição, quando venceram a prefeitura da capital, em 2004. Na época, o deputado federal eleito Manoel Junior foi a indicação peemedebista para vice. A união ficou estremecida em 2008, quando RC escanteou o aliado e se candidatou à reeleição com uma chapa puro sangue. De lá para cá, separação e farpas. Inclusive quando disputaram o mesmo espaço no Palácio da Redenção, em 2010.
Mas a reaproximação veio no momento em que as duas lideranças precisam se fortalecer, mais uma vez, contra a potência tucana, Cássio Cunha Lima (PSDB), que há alguns meses se rebelou contra a política de RC. A ofensiva socialista conta ainda com PT que, se outrora era coadjuvante, agora, tem o protagonismo representado pelo prefeito da maior cidade do estado, Luciano Cartaxo. De maneira habilidosa e contando com a força da conjuntura nacional, Ricardo colocou no mesmo palanque os dois partidos que passaram, praticamente, três anos e meio, fazendo críticas ao seu governo. Estranho? Pode até ser, mas não há nada de errado quando os interesses se convergem. Foi assim quando Cássio abraçou Coutinho em 2010.
A coalizão, sem dúvida, dá musculatura a RC para a disputa no segundo turno. Deve atrair prefeitos e lideranças. Fortalece o PMDB, que elegeu um senador, quatro deputados estaduais e três federais. E, depois do gesto, ontem, tem a possibilidade de receber o apoio do PSB em campanhas municipais nos principais colégios eleitorais do estado. Já o PT, apesar de não ter vencido a disputa ao Senado com Lucélio Cartaxo, pode ter garantido o apoio socialista para a candidatura à reeleição na capital. Ou seja, todos saem levando alguma “tasca”, deixando pra trás as arestas, as críticas e fazendo uma aliança programática, como ressaltou Ricardo.
Vale reforçar que a necessidade de fortalecer a candidatura da presidente Dilma, foi essencial para a rapidez na manobra. RC foi ágil ao ligar para a presidente, mesmo sem o partido dele, o PSB, ter definido o apoio. Ontem, foi liberado e encontrou o melhor cenário. Vital se mostrou ainda mais fiel ao levar a demanda ao PMDB nacional e trazer Michel Temer, candidato a vice-presidente, para chancelar a aliança PSB – PMDB. Por sua vez, Maranhão, ouvindo a maioria e fazendo ouvido de mercador para os dissidentes, tenta enfraquecer PSDB, principal adversário político do PMDB nas disputas paroquiais. Ao voltar ao campo girassol, perde mais do que ganha. “É o princípio da reciprocidade. Dilma e Temer precisam de Ricardo e Ricardo precisa do PMDB”, disse. Agora, é esperar outros movimentos decisivos.
De Brasília
Cássio acompanhou os movimentos dos adversários, em Brasília, onde participou do encontro de lideranças do PSDB em prol da candidatura de Aécio.

Destaque
O tucano discursou no evento e foi destaque ao fazer críticas ao governo do PT. Ineficiência, desrespeito e corrupção foram palavras que estavam no ataque.

Agradecimento
“Estou aqui para fazer o agradecimento e apoiar o governador Ricardo Coutinho e receber apoio dele, do PT e PMDB e de todos os partidos aliados”, disse Dilma no aeroporto Castro Pinto.

Destacou
Dilma destacou na entrevista que fez muitas parcerias importantes com Coutinho no primeiro mandato.


Ataque

Dilma mostrou como vai ser a campanha. Comparar todos os detalhes da política social e econômica. “Quando eles dirigiram o país (PSDB), o desemprego era alto e o salário miudinho”, cravou.

Convergência
Segundo Temer, a união aqui na Paraíba é “basicamente uma convergência dos interesses nacionais com os locais”.


Parceria

A candidata à reeleição veio no avião com o deputado federal eleito, Aguinaldo Ribeiro (PP), que apoia Cássio, e com senador Vitalzinho (PMDB), que decidiu apoiar RC. Quem também estava com eles era o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT).
Minimizou
O candidato a vice do PSDB, Ruy Carneiro, minimizou a adesão de Maranhão, Vital e do PMDB a candidatura de Ricardo.

Rachado
Ruy lembrou que o partido está rachado e que os tucanos vão receber apoios de várias lideranças do PMDB, mesmo com a aliança firmada ontem.
Dissidentes
Entre os peemedebistas dissidentes estão o deputado federal reeleito Manoel Junior, e os deputados estaduais Trócolli Júnior e Márcio Roberto. Hugo Motta, federal eleito, disse que se mantém neutro, apesar a decisão do partido.
Alinhados
Estranho, mas… No movimentado dia político ontem, estavam alinhados Lucélio, Luciano Cartaxo, Estela Bezerra, Frei Anastácio, Edvaldo Rosas, Efraim Moraes.