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Ao que sei, Rico Coutinho não sabe dirigir. Por que ligar seu nome ao atropelamento? Por Tião Lucena

Ao que sei, Rico Coutinho não sabe dirigir. Nunca aprendeu e não quer aprender. Se ele não é motorista e não dirigia o carro, por que ligar seu nome ao atropelamento? Note-se que o atropelador escapou ileso, ninguém se preocupou em identificá-lo,numa clara demonstração de que a manchete chamativa tinha endereço certo: a figura do governador. As vítimas aí entraram como figurantes.

Ao que sei, Rico Coutinho não sabe dirigir. Por que ligar seu nome ao atropelamento? Por Tião Lucena

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O caso Rico Coutinho e o jornalismo sem ética

Por Tião Lucena

Um ônibus lotado vindo do Valentina para o Centro da cidade bateu numa marquise e atropelou doze pessoas. A Polícia foi criticada porque não prendeu os passageiros.

Bem,não foi bem assim. O parágrafo anterior foi escrito com o mesmo espírito de outros parágrafos publicados por portais de nossa cidade relatando o atropelamento, hoje, de caminhantes do Cabo Branco, por um veículo no qual viajava o filho do governador.

Eu disse viajava? Então disse-o muito bem. Rico Vieira Coutinho,filho do governador Ricardo Coutinho, vinha de carona no veículo que atropelou as pessoas. Mas como é filho do governador, de logo surgiram as manchetes ligando-o ao atropelamento. Um blog chegou a dizer no título da matéria que o filho de Ricardo Coutinho havia atropelado banhistas no Cabo Branco, assim mesmo, com todas as letras graúdas e miúdas.

Ao que sei, Rico Coutinho não sabe dirigir. Nunca aprendeu e não quer aprender. Se ele não é motorista e não dirigia o carro, por que ligar seu nome ao atropelamento? Note-se que o atropelador escapou ileso, ninguém se preocupou em identificá-lo,numa clara demonstração de que a manchete chamativa tinha endereço certo: a figura do governador. As vítimas aí entraram como figurantes.

Conheço alguém que, não satisfeito em alardear o fato no seu espaço em determinado portal, correu ao Facebook e ao zap-zap para contar a novidade, com foto e tudo.

Isso, aqui pra nós, é feio. Tentar enganar a opinião pública com manchetes recheadas de más intenções pode ser tudo,menos jornalismo.

Mas exigir de certa espécie de gente um tiquinho de ética profissional é querer demais.