O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) rebateu nesta segunda-feira (29) as recentes declarações do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), que admitiu a possibilidade de deixar o partido caso não se sinta respeitado. Questionado sobre a movimentação política de Cícero dentro da legenda e sobre um possível acordo com o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), sem diálogo prévio com a direção partidária, Aguinaldo foi direto:
“Se você faz parte de um grupo, de um partido, pode fazer acordo sendo tratado fora do grupo? Eu acho que isso é inconcludente. Ou você tem outro projeto, e não quero acreditar nisso.”
As declarações do parlamentar evidenciam o clima de tensão crescente dentro do Progressistas em João Pessoa, em meio à definição de alianças e estratégias para as eleições de 2026 e à possível saída de Cícero do partido. Nos bastidores, a avaliação é de que a relação entre as principais lideranças já está desgastada, embora ainda possa ser reavaliada.
Aguinaldo também se manifestou sobre a fala de Cícero, que insinuou falta de respeito por parte do partido. O deputado lembrou que o prefeito foi acolhido pelo Progressistas, teve sua candidatura bancada e contou com apoio decisivo nas eleições municipais de 2020.
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“Só o fato de convidar para o partido, bancar a candidatura, contar com o apoio do governador João Azevêdo… tudo isso foi sinal de respeito. Nós ganhamos a eleição. A parceria minha como deputado federal, da senadora Daniella Ribeiro, do governador, tudo foi feito para que a gestão do prefeito Cícero pudesse seguir. Para mim, isso é respeito”, afirmou.
O deputado reforçou ainda que sempre tratou o prefeito com dignidade, assim como sua família. “Eu sempre o tratei com respeito, não só eu, como toda a minha família. Também em relação ao Mersinho [Lucena]”, disse.
Aguinaldo concluiu defendendo a postura do partido e diferenciando respeito de decisões coletivas: “Se tem uma pessoa que respeita a todos, sou eu. Eu respeito até os meus adversários. Uma coisa é respeitar, outra é tomar decisões — que não são pessoais. Quem deve tomar decisões é o partido.”
