Nos últimos dias, lideranças tucanas fizeram os primeiros acenos ao PMDB, partido que simboliza aquilo que Marina Silva chama de “velha política”. Primeiro, foi o governador reeleito no Paraná, Beto Richa, que disse não ser conveniente deixar o PMDB de fora de um eventual governo Aécio. Depois, o senador Aloysio Nunes também deu aval a uma possível aproximação, enquanto Aécio dizia que ainda não estava pensando no PMDB.
Agora, pela primeira vez, ele estendeu a mão ao partido, tentando provocar fissuras na base de apoio da presidente Dilma Rousseff. Na semana passada, em entrevista ao jornal Valor Econômico, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), líder da bancada na Câmara, afirmou que, dos 66 deputados eleitos pelo partido, 33 são Dilma e 33 são Aécio.
Gastos em saúde
Na entrevista concedida em Porto Alegre, ele também rebateu as acusações de má aplicação de recursos da saúde. “É a mesma ação, da mesma promotora, que já foi arquivada. Vocês estão hoje no Rio Grande do Sul. Procurem saber como foi feito a contabilidade dos gastos em saúde do Rio Grande do Sul durante o período pré-emenda 29”, disse ele. “O que posso dizer, e a minha resposta é muito simples, o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais aprovou todas as nossas contas. Porque antes da Emenda 29 não havia uma definição explícita, clara, daquilo que efetivamente poderia ser contabilizado como gastos em saúde. Alguns gastos de saneamento – é uma discussão técnica que os especialistas, enfim, vêm fazendo ao longo do tempo – alguns consideram que investimentos em saneamento deveriam ser considerados investimentos em saúde porque, na verdade, ele economiza na outra ponta.”