A política do desinteresse

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Aline Lins

O sistema prisional nos Estados brasileiros não atrai o interesse dos governantes. Tanto que faltam projetos e sobra dinheiro, que está sendo devolvido ao governo federal por falta de uso. A notícia de que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acionou o Ministério Público para responsabilizar as autoridades ligadas ao desperdício de recursos federais destinados à construção ou reforma de unidades prisionais é um escárnio. Incluindo a Paraíba, onze Estados – AL, CE, RN, RS, SE, TO, GO, RJ, MG e MS – apresentaram esse problema, segundo o Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça (Depen/MJ). Foram 39 contratos cancelados ou encerrados desde 2011 e o montante de recursos devolvidos foi de R$ 103,384 milhões. Enquanto isso, os presos sobrevivem em superlotação e descaso, de forma desumana.

Usurpadora

A presidente Dilma adotou proposta do senador Cássio Cunha Lima, ao isentar PIS e Cofins sobre as tarifas de transporte coletivo. Em outubro do ano passado, a Comissão de Serviços de Infraestrutura aprovou projeto (PLS 268) do tucano para isenção nas compras dos veículos utilizados no Transporte Coletivo de Passageiros.

Está faltando ele?

O secretário do PAC da Paraíba, Ricardo Barbosa, conseguiu, afinal, o que pretendia: chamar a atenção, quando chamou os deputados da Assembleia da PB de ‘jumentos’ e a instituição de fraca. Aliás, o socialista bem queria uma vaguinha na Casa. Falta voto.

Suspensório

O deputado Carlos Dunga (PTB) rebateu ontem as declarações do secretário Ricardo Barbosa. Segundo o petebista, é melhor ser jumento, do que suspensório. Ora, será que Dunga quis dizer que o secretário Ricardo Barbosa só serve para sustentar as calças do governador Ricardo Coutinho?

Relincho

O deputado Toinho do Sopão também não levou desaforo para casa. Devolveu: “Jumento é ele!”. O deputado Anísio Maia cobrou um posicionamento da Mesa Diretora acerca do ataque contra o Parlamento.

STF moderno

O professor de Direito Constitucional Luís Roberto Barroso foi oficialmente indicado pela presidente Dilma Rousseff para o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ocupará a vaga do ministro Carlos Ayres Britto, que se aposentou. A indicação será encaminhada ao Senado para apreciação e precisará da aprovação da CCJ e do plenário da Casa. O advogado Solon Benevides disse que a indicação de Luís Roberto Barroso para o STF será muito boa para o país porque ele tem uma visão do Direito Constitucional moderno, uma visão liberal. Ayres Britto vinha de uma escola mais clássica.