R$1,3 milhão em multas na pb

Superintendente do Ibama, Arthur Navarro, afirma que 2020 foi um ano desafiador: “Não medimos esforços para exercer a proteção e fiscalização"

De acordo com a analista ambiental Paula Galvão, os animais mansos, que não conseguem mais se adaptar ao habitat natural, são destinados para cativeiros, ficando sob os cuidados de criadores ou zoológicos legalizados

O superintendente do Ibama na Paraíba, Arthur Navarro, afirmou que 2020 foi um ano desafiador e que a gerência não mediu esforços para exercer a proteção e fiscalização no estado. No período, o Ibama reintegrou 700 animais à natureza e aplicou R$1,3 milhão em multas no ano passado. Os dados obtidos têm por base o relatório anual divulgado esta semana pela superintendência.

“O ano de 2020 foi bastante desafiador. Não medimos esforços para exercer a proteção e fiscalização da biodiversidade no estado. Mantivemos o cronograma de atividades em mais de 50%, realizamos ações com a adoção dos protocolos sanitários necessários e conseguimos manter o ritmo de trabalho apesar das limitações impostas pela pandemia da Covid-19”, ressaltou o superintendente.

O balanço de 2020 apresentado pelo Ibama finalizou o relatório de trabalho do último ano por meio de dados que foram consolidados em fevereiro e apresentados à unidade.

Vida livre

De janeiro a dezembro, o Ibama esteve presente do litoral ao sertão paraibano atuando nos diferentes biomas que compõem o estado. Dentre essas ações, destacam-se 36 solturas de animais silvestres provenientes de apreensões, resgate e entregas voluntárias. As aves passeriformes – popularmente conhecidas como passarinhos – foram a maioria entre as espécies que ganharam liberdade, seguidas por jabutis, iguanas, raposas, teiús, gaviões, entre outras.

Os animais que chegam ao Ibama são direcionados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). Lá, recebem identificação das espécies e a definição do manejo adequado. Após o tempo necessário para recuperação clínica e desenvolvimento, aqueles que estão aptos à soltura são devolvidos à natureza, sempre priorizando reservas cadastradas.

De acordo com a analista ambiental Paula Galvão, os animais mansos, que não conseguem mais se adaptar ao habitat natural, são destinados para cativeiros, ficando sob os cuidados de criadores ou zoológicos legalizados.

Fiscalização

Os trabalhos de fiscalização e proteção ambiental também não pararam em meio à pandemia. Ações de resposta a emergências ambientais, irregularidades no cadastro técnico federal, controle ambiental, unidades de conservação, na prática da pesca, bem como crimes contra a fauna e a flora em geral foram monitorados e as infrações detectadas acarretaram na aplicação de multas.

Nas ações fiscalizatórias, foram contabilizados 332 hectares de área embargada devido ao desmatamento ilegal e 370 hectares ficaram sob acompanhamento de recuperação ambiental. No licenciamento, foram acompanhados seis empreendimentos de linhas de transmissão de energia elétrica.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba com Assessoria