Decreto

Sindicato de Hospedagem e alimentação prevê 'quebradeira' no setor: 'Segmento não é responsável por aumento de infecções'

O presidente do Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação de João Pessoa (Seha-JP), Graco Parente, criticou nesta segunda-feira (22) o decreto do Governo do Estado que vai restringir o horário de funcionamento de bares e restaurantes no estado como forma de evitar a propagação do novo coronavírus. 

O presidente do Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação de João Pessoa (Seha-JP), Graco Parente, criticou nesta segunda-feira (22) o decreto do Governo do Estado que vai restringir o horário de funcionamento de bares e restaurantes no estado como forma de evitar a propagação do novo coronavírus.

Em entrevista ao Polêmica Paraíba, Parente disse que o setor não tem culpa pelo aumento no número de infecções e pela elevação na ocupação de leitos de Unidade de Terapia e Intensiva (UTI) no estado. Ele criticou a falta de diálogo com o Governo do Estado, mas salientou que tem sido escutado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).

“Eu acredito que de hospedagem e alimentação quem entende somos nós, e acho que o mínimo que deveria fazer era sentar, dialogar com o segmento a respeito desse tema. Nós ficamos fechados durante 4 meses, reabrimos em julho, e quando reabrimos não houve crescimento do número de casos, o que quer dizer que não é o nosso segmento o responsável pelo aumento no número de casos”, avaliou Parente.

Graco sugeriu que haverá quebradeira caso haja uma forte restrição no horário de funcionamento do setor. “Se for até às 16h [o funcionamento], vai terminar de quebrar o segmento. Se o intuito for quebrar a categoria, eles vão conseguir o objetivo”, disse.

Parente acrescentou que o setor defende fiscalização rigorosa para evitar a disseminação do vírus, mas não uma intervenção no funcionamento nem restrição de horários.

“Defendemos que aqueles que infligiram normas paguem pelos seus erros, mas dentro de 1500 empresas, digamos que 15 desobedeceram. Os demais não podem pagar pelos que infligiram. Defendemos a fiscalização, que se use a tinta e a caneta para fiscalizar e não para fechar. É a maneira mais fácil e a gente já viu que não resolve. Nós ficamos fechados durante 4 meses e não se resolveu nada”, registrou.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba