Seu Pereira fala sobre o medo da morte durante tratamento contra a Covid-19: "É tenso. É tudo muito rápido"

“Sim, eu tive Covid. E não foi da forma mais branda”. O relato é do músico paraibano Jonathas Pereira Falcão, vocalista da banda Seu Pereira e Coletivo 401, em um depoimento forte publicado nessa quinta-feira (25) em seu perfil pessoal numa rede social. Ele explica que viveu “momentos de muita tensão e insegurança” e que ao longo de 17 dias em que esteve com a doença sentiu muito medo e angústia.

“É tenso. É tudo muito rápido. E o medo potencializa a percepção da gravidade”, desabafou Seu Pereira.

 

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De todo esse período, dez dias ele passou em casa. Outros sete, internados num hospital de João Pessoa. Sobre os sintomas, enumera febre alta, dores no corpo, calafrios e dificuldade de respirar. No momento mais grave, chegou a registrar 40% dos pulmões comprometidos.
Ao longo do texto, fez críticas ao Governo Federal e ao presidente Jair Bolsonaro, dizendo que é impossível nesse momento não politizar a questão. Ele classificou o presidente como sendo um negacionista anti-vacina e anti-ciência.

Depois, ele explicou que ao longo da internação pensou muito na dor de seus familiares, amigos e parceiros de música. Disse que refletiu também sobre os projetos engavetados e esquecidos. E lamentou que 250 mil brasileiros já tenham morrido.
Seu Pereira disse que agora já está bem, mas confessou que continua com medo. “Medo de perder amigos, medo de perder as pessoas que amo”, explicou. “O medo é necessário para a gente redobrar os cuidados”, completou.
Por fim, fez um apelo para todos. “Tentem não vacilar. Máscara na cara e álcool nas mãos sempre. É muito simples. Não baixem a guarda”.

Fonte: g1
Créditos: Polêmica PB