Projeto

Senado aprova projeto com mudanças para educação bilíngue

O Senado aprovou ontem, 25, projeto que que inclui novos itens para qualificação da educação bilíngue como modalidade de ensino independente. O objetivo é atender demandas da comunidade surda brasileira e da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis).

Mother teaching her deaf mute daughter to use sign language at home
Mother teaching her deaf mute daughter to use sign language at home

Projeto visa garantir igualdade e melhores condições de acesso da comunidade surda ao ensino

O Senado aprovou ontem, 25, projeto que que inclui novos itens para qualificação da educação bilíngue como modalidade de ensino independente. O objetivo é atender demandas da comunidade surda brasileira e da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis).

O texto segue agora para avaliação e votação da Câmara dos Deputados e, caso seja aprovado, instituirá a educação bilíngue nas escolas bilíngues de surdos, classes bilíngues de surdos, escolas comuns ou em polos de educação bilíngue de surdos. O público será de educandos surdos, surdocegos, com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com deficiências associadas.

O senador Styvenson Valentim (Podemos – RN), autor do projeto, afirma que essa é uma forma de “fazer verdadeira inclusão, garantindo a igualdade de condições de acesso e a permanência nas escolas”. Para ele, “uma escola bilíngue apresenta significativo potencial para contribuir efetivamente para a inclusão de fato dessas pessoas nas escolas brasileiras, pois leva em conta especificidades linguísticas, culturais e identitárias”.

O texto do projeto inclui, ainda, o “respeito à diversidade humana, linguística, cultural e identitária das pessoas surdas, surdocegas e com deficiência auditiva”, e acrescenta o capítulo “Da Educação Bilíngue de Surdos”.

Conforme o projeto, a oferta de educação bilíngue de surdos terá início desde o nascimento e deverá se estender ao longo da vida. Para atender às especificidades linguísticas dos surdos, deverá haver, quando necessário, serviços de apoio educacional especializado, como o atendimento educacional especializado bilíngue. O projeto prevê, ainda, que os estudantes surdos tenham acesso a materiais didáticos e professores bilíngues com formação e especialização adequadas em nível superior.

Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba