Comércio

Secretário do Procon-JP alerta para fraudes na Black Friday e cita empresas 'campeãs' de reclamações na Capital - CONFIRA

Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta quinta-feira (18), o secretário do Procon de João Pessoa, Rougger Guerra, explicou quais são os principais golpes aplicados durante o período de Black Friday e alertou consumidores a como evitarem caírem nesses fraudes.

O secretário afirmou que empresas no Brasil desvirtuaram o conceito da data, que é celebrada sempre na última sexta-feira de novembro, e tentam ludibriar seus clientes com o “desconto que não é desconto”.

“O que nós observamos ao longo do tempo é a fraude clássica do desconto que não é desconto. O lojista aumenta o preço nas vésperas para induzir o consumidor ao erro de achar que está comprando por um preço e um desconto considerável, sendo que na verdade está comprando pelo preço corriqueiro e ordinário daquele produto”, explicou.

Rougger disse, no entanto, que essa prática está cada vez mais difícil para os comerciantes, uma vez que clientes têm acesso a ferramentas que mostram o histórico de preços de determinado produto, ajudando para que esses consumidores não caiam em fraudes. O secretário afirmou ainda que o Procon-JP tem feito uma série de ações para evitar essa prática.

“Primeiro nós passamos inúmeras orientações para as compras online, que são compras onde a fraude é mais fácil de ocorrer. Há anúncios em lojas desconhecidas, que muitas vezes não têm sequer sede física, que não têm nome no mercado, não apresentam o CNPJ em seus sites, oferecendo grandes vantagens. E é nesse ponto que geralmente o consumidor cai”, iniciou.

O secretário explicou que a secretaria realizou uma pesquisa de preço com os produtos mais comuns procurados pelos consumidores, no início de novembro, e que irá realizar uma nova pesquisa na semana da Black Friday, para comparar os dois valores. Haverá punição para aquela empresa que estiver ofertado preços fora da realidade.

“Se a loja estiver divulgando na sua publicidade promoções irreais, falsas, elas serão autuadas e poderão ter seu profissional preso em razão da propaganda enganosa e da fraude cometida contra o consumidor. Há um crime nessa prática, e nós tentaremos coibir”, alertou. Rougger disse ainda que o próprio consumidor pode fazer essa denúncia.

Postos de gasolina

O secretário do Procon de João Pessoa informou também que apenas em 2021, 60 postos de gasolina foram autuados na Capital, em multas que já somam quase R$ 700 mil. Ele explicou que grande parte das autuações acontece pois donos desses estabelecimentos aumentam o preço do combustível na bomba um dia após o anúncio de aumento de preço da Petrobras, mesmo sem a renovação do estoque (com o novo valor).

“O posto de gasolina no dia seguinte ao aumento anunciado pela Petrotras, sem qualquer aumento no preço de compra junto à distribuidora, ele pratica esse aumento aos consumidores na bomba de combustível, ele está praticando infração”, exemplificou.

Campeãs de reclamações

Indagado sobre quais são as empresas ‘campeãs’ de reclamações junto ao Procon-JP, Rougger disse que empresas de telecomunicação seguem liderando a relação, mas citou também instituições bancárias e a Energisa.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba