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Primeira pré-candidata mulher à presidência da OAB-PB, Maria Cristina prega pela representatividade e critica influência político-partidária na Ordem - VÍDEO

Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta sexta-feira (10), a pré-candidata à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Paraíba (OAB-PB), Maria Cristina, defendeu a representatividade como principal ponto de sua pré-candidatura e criticou posicionamentos e posturas dos presidentes da OAB-PB e Nacional, respectivamente Paulo Maia e Felipe Santa Cruz.

“Estou lutando por uma Ordem, justa e verdadeiramente inclusiva. Represento, em 90 anos, a primeira pré-candidatura de uma mulher à presidência da Seccional Paraíba, com a força e ideia que somente há cidadania quando o debate é travado de forma igualitária”, disse Maria Cristina, ao defender sua pré-candidatura. Caso eleita, ela também será a primeira mulher à frente da OAB-PB.

Perguntada se a polarização política entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT) irá influenciar o pleito à presidência da OAB, Maria Cristina disse que não, e também repudiou quem o faz dentro da Ordem dos Advogados, seja a nível estadual ou a nível nacional.

“Não, e repudio de forma veemente essa ingerência indevida de política partidária dentro da OAB, seja nacional ou seccional. Independentemente da orientação ou ideologia de quem esteja ocupando, não pode, não deve, e o que depender de mim, não será permitida ingerência político-partidária. A OAB é apartidária”, afirmou.

Posteriormente, ela se referiu ao presidente da OAB Nacional, Felipe Santa Cruz, que no dia 6 de setembro, dia anterior às manifestações favoráveis e contrárias ao presidente Jair Bolsonaro em alusão ao feriado da Independência, disse que “quem for aos atos contra nossa democracia pode até ser inscrito na Ordem, mas não é nosso colega”. Cristina considerou a fala como lamentável.

“Acho lamentável. Advogado é aquele que defende o estado democrático de direito e que não aceita, o que por exemplo, a gente tem visto aqui na Paraíba: retaliação em razão de você escolher um candidato que o represente em um órgão de classe”, falou.

Cristina também foi perguntada sobre a gestão do atual presidente, Paulo Maia, que encerra seu segundo mandato neste ano. Para ela, ele e seu grupo não apresentaram avanços para a advocacia paraibana nos seus seis anos de gestão.

“Eu sempre digo que a gestão, por mais que nós elejamos aquela pessoa que está figurando como presidente, ela é feita por um grupo. Então a minha resposta vai ser direcionada, não de forma pessoal ao professor e presidente da Seccional, mas ao grupo que está se perpetuando por assim dizer na Ordem há seis anos”, iniciou.

“Me parece que muito pouco se avançou em relação a enfrentamento de problemas sérios. Quais? Valorização da advocacia, respeito aos direitos e às prerrogativas da advocacia no sentido que toda magistratura, independentemente de ser juiz ou desembargador, saiba que não há hierarquia e que a advocacia merece sim ser respeitada. Que a pessoa possa atuar e não seja violentado, como tem ocorrido, por exemplo, por advogados que atuam na área criminal […]. E, para completar a minha resposta, transparência”, respondeu.

Maria disputa com os também pré-candidatos Harrison Targino e Raoni Vita a presidência da OAB-PB em novembro deste ano.

Veja trechos da entrevista:

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba