Tarifa

Presidente de ONG garante que não há estudantes reclamando sobre o aumento da tarifa de ônibus na capital

Para Luiz Carlos, também é preciso destacar que todos os trabalhadores de carteira assinada, inclusive os empregados domésticos, têm direito ao Vale Transporte que em boa parte é financiado pelos respectivos empregadores.

O presidente da Ong ETEV (Educar para o Trânsito, Educar para a Vida), Luiz Carlos André, declarou que, de acordo com as informações veiculadas, especificamente as do repórter Fernando Braz, “bem poucos estudantes compareceram à Câmara Municipal de João Pessoa para reclamar contra a tarifa dos ônibus urbanos da cidade”, mesmo que, para isso, ontem tenham contado com um carro de som cujo serviço obviamente foi pago por alguém pessoalmente ou – como se especulou – por alguma sigla partidária.

Ele também enfatizou ter observado “in loco” a mobilização estudantil a partir do local da respectiva concentração – frente do Liceu Paraibano – e constatou que a absoluta maioria dos estudantes ouviam os chamamentos para seguirem até à Câmara Municipal… e só ouviam, preferindo deslocarem-se para suas aulas, como que estivessem conscientes de que a tarifa por cada um paga é de apenas R$ 1,77 e não os R$ 3,55 que o movimento pretende passar como que fosse pago por toda a população.

E há os que pagam nada Conforme o presidente da Ong ETEV, esses mesmos estudantes que não acompanharam a mobilização e preferiram ir assistir as aulas, parecem ser daqueles que entendem que, além do segmento estudantil que tem o benefício de desconto de 50% no preço da passagem, há ainda vários segmentos sociais que nada pagam, o que significa terem o benefício do Passe Livre.

Disse também que há estudantes que nem metade da passagem pagam e que correspondem aos que estudam nas escolas municipais de João Pessoa, tendo em vista que a própria Prefeitura assume esse ônus.

Para Luiz Carlos, também é preciso destacar que todos os trabalhadores de carteira assinada, inclusive os empregados domésticos, têm direito ao Vale Transporte que em boa parte é financiado pelos respectivos empregadores. E enfatizou: “Isto mesmo: – quase 70% do preço da passagem é bancada pelo segmento patronal e não pelos próprios trabalhadores. Estes assumem a responsabilidade só por cerca de 30% da passagem porque, por exemplo, em um mês de 26 dias úteis para o qual são necessários 52 Vales Transporte no valor total de R$ 184,20, o desconto no salário do trabalhador, por este benefício, é tão somente de R$ 57,24. Quer dizer: – cada uma das 52 passagens deste trabalhador para ele fica custando apenas R$ 1,10 (um real e dez centavos).

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Fernando Braz