Homenagem

Prefeitura da capital revitaliza placas com nomes de vítimas de feminicídio e faz ato simbólico com familiares

A Prefeitura de João Pessoa, por meio da Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM), realizou, nesta quarta-feira (14), na Praça das Mulheres do Parque Solon de Lucena, um ato para homenagear vítimas de feminicídio. O evento ocorreu em alusão ao aniversário de 15 anos do Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra.

A Prefeitura de João Pessoa, por meio da Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM), realizou, nesta quarta-feira (14), na Praça das Mulheres do Parque Solon de Lucena, um ato para homenagear vítimas de feminicídio. O evento ocorreu em alusão ao aniversário de 15 anos do Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra.

Na oportunidade, foram revitalizadas as placas com dados de mulheres assassinadas e também foram plantadas mudas de Ipê Roxo para simbolizar as vítimas de feminicídio em João Pessoa. A atividade contou com a presença de familiares das vítimas, movimentos de mulheres e autoridades.

O espaço busca chamar a atenção para a violência contra as mulheres e sensibilizar a população para o alto índice de homicídios contra mulheres na Paraíba e no Brasil. “Essas placas reverenciam todas as mulheres que foram assassinadas, vítimas do feminicídio e outras que estão na resistência contra a violência doméstica. É preciso sempre lembrar que a luta da mulher é todo dia e em todos os espaços”, destacou Nena Martins, secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de João Pessoa.

O secretário de Gestão Governamental e Articulação Política da Prefeitura de João Pessoa, Diego Tavares, representou o prefeito Cícero Lucena durante a solenidade. Para ele, o momento é de reverência, mas também de alerta para o alto índice da violência contra as mulheres. “As placas são um ponto simbólico, mas muito importante por representar o respeito à memória das mulheres vítimas de uma prática machista violenta”, destacou.

Para Elisângela Miranda, mãe da estudante Fernanda Ellen, que tinha apenas 11 anos quando foi assassinada, apesar de ser um ato simbólico triste, trouxe visibilidade e um engajamento maior da sociedade para o combate e o fim destas formas de violência.

“Um dos momentos mais difíceis que eu enfrento é acordar todos os dias e lembrar da minha filha. A dor é muito grande, mas Deus tem me dado forças para suportar essa saudade cortante nos últimos dez anos e seguir lutando para que outras Fernandinhas não venham a ter suas vidas ceifadas”, afirmou Elisângela Miranda.

Cada placa exposta recebe o nome de uma mulher vítima da violência. São elas:

– Vivianny Crisley Viana, 29 anos, de Mangabeira, morta ao sair de um bar no bairro dos Bancários, em 2016.

– Germana Clara Sá Marinho, 28 anos, assassinada em frente dos filhos, 2014, no bairro de Tambiá.

– Rebecca Cristina Alves Simões, 15 anos, ano de 2011, bairro de Mangabeira. O suspeito é o padrasto, que está preso.

– Fernanda Ellen Miranda Cabral, 11 anos. Morta em 2013 e enterrada no quintal, no bairro Alto do Mateus.

– Ariane Thaís Carneiro de Azevedo, grávida, 21 anos, assassinada em 15 de abril de 2010.

– Laisa Batista do Nascimento, 23 anos, do Bessa. Ela sobreviveu, mas sofreu vários tipos de abuso. Foi homenageada pela sua história de resistência. Laisa, além de ser violentada, foi presa e o juiz deu a medida protetiva para o agressor.

Fonte: Prefeitura de João Pessoa
Créditos: Polêmica Paraíba