Paraíba - Os casos de feminicídio seguidos de suicídio do autor cresceram no Brasil em 2024. De acordo com dados divulgados por secretarias estaduais de segurança pública e organizados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o país registrou 62 casos entre janeiro e julho deste ano, um aumento de 21,5% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 51 casos.
A tabela, que reúne informações de todas as Unidades da Federação, mostra variações importantes nos estados. O Piauí, por exemplo, lidera com 8 casos em 2024, mesmo número registrado no Rio de Janeiro. Santa Catarina, que teve o maior número em 2023 (11), apresentou uma leve queda para 8 casos neste ano.
Paraíba apresenta queda
Na Paraíba, os números apontam, inicialmente, uma redução em 2024. Enquanto em 2023 foram registrados 4 feminicídios seguidos de suicídio do autor, em contrapartida, em 2024, até o momento, foram contabilizados 3 casos. Apesar disso, os dados ainda preocupam e, portanto, indicam a necessidade de políticas públicas eficazes para a prevenção da violência contra a mulher.
Crescimento Nacional e Alerta às Autoridades
O crescimento nacional desses casos acende um alerta para as autoridades. O feminicídio seguido de suicídio revela uma dinâmica de violência extrema e premeditação, onde o agressor, além de tirar a vida da mulher, também encerra a própria, dificultando a responsabilização penal e a investigação posterior.
Especialistas em segurança pública e direitos das mulheres apontam a urgência de ampliar o acesso a medidas protetivas, fortalecer redes de apoio e intensificar campanhas de conscientização sobre violência de gênero. O fenômeno, embora não novo, apresenta crescimento preocupante e exige resposta coordenada entre os poderes públicos.
Estados sem registros
Alguns estados, como Roraima, Rondônia e Amapá, não apresentaram registros em 2024 ou não tiveram dados divulgados. É importante observar que a ausência de números não necessariamente reflete a inexistência de casos, podendo estar relacionada à subnotificação ou lacunas na coleta de dados.
Se você ou alguém que você conhece está em situação de violência, procure ajuda. Ligue 180 ou procure a delegacia da mulher mais próxima.