Paraíba — Na Paraíba, 334,6 mil pessoas com dois anos ou mais tinham algum tipo de deficiência em 2022. Esse número representa 8,6% da população do estado, a sétima maior proporção do país, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (28). O levantamento faz parte do Censo Demográfico 2022 e usou amostragem estatística para estimar os dados.
Do total de pessoas com deficiência no estado, 57,5% são mulheres — cerca de 192,4 mil. Os homens representam os 42,5% restantes, o equivalente a 142,2 mil pessoas. A incidência da deficiência entre as mulheres é de 9,6%, enquanto entre os homens é de 7,6%.
Problemas de visão lideram
O problema mais comum entre os paraibanos com deficiência é o de visão. Essa condição afeta aproximadamente 178 mil pessoas no estado. Em seguida, aparecem as dificuldades para andar ou subir degraus (124,3 mil) e limitações nas funções mentais (64,4 mil). Problemas auditivos foram registrados em 56,6 mil pessoas.
Muitas pessoas relataram mais de uma limitação, por isso a soma das deficiências supera o total de pessoas com deficiência.
Tipos de dificuldades funcionais permanentes | Quantidade (pessoas) |
Para enxergar, mesmo usando óculos ou lentes de contato | 178.046 |
Para ouvir, mesmo usando aparelhos auditivos | 56.623 |
Para andar ou subir degraus, mesmo usando prótese ou outro aparelho de auxílio | 124.288 |
Para pegar pequenos objetos, como botão ou lápis, ou abrir e fechar tampas de garrafas, mesmo usando aparelho de auxílio | 62.997 |
Para se comunicar, realizar cuidados pessoas, trabalhar ou estudar por causa de alguma limitação nas funções mentais | 64.372 |
Total | 334.563 |
Recortes de raça e idade
A maioria das pessoas com deficiência se declarou de cor parda (51,7%), seguida pelas de cor branca (37,3%) e preta (10%). Por outro lado, entre os indígenas e amarelos, os percentuais foram pouco representativos.
Além disso, o levantamento também apontou que a deficiência é mais comum entre os mais velhos. Pessoas com 60 anos ou mais representaram 45,3% dos casos. Em contraste, apenas 10,2% tinham entre 15 e 29 anos. Já os que tinham 80 anos ou mais representaram 14,1% das pessoas com alguma limitação funcional — quase dez vezes mais do que a porcentagem dessa faixa etária entre os sem deficiência.