consequências do parto prematuro

Novembro Roxo: Paraíba intensifica ações nas UTIs Neonatal e Bancos de Leite Humano

O penúltimo mês do ano é marcado pela campanha global “Novembro Roxo”, cujo objetivo é alertar sobre causas e consequências do parto prematuro.

O penúltimo mês do ano é marcado pela campanha global “Novembro Roxo”, cujo objetivo é alertar sobre causas e consequências do parto prematuro. A prematuridade é a principal causa de mortalidade infantil antes dos 5 anos de idade em todo o mundo. O parto é considerado prematuro quando acontece antes das 37 semanas de gestação.

São várias as causas que podem levar à prematuridade, mas o principal passo para evitar esse problema é a prevenção. Nesse sentido, o pré-natal é uma das medidas mais eficazes para uma gestação saudável e um parto no tempo oportuno. Até setembro de 2021, a Paraíba já realizou 4.701 partos prematuros e vem intensificando ações para atender essas mulheres e seus bebês.

Um dos principais desafios da prematuridade é o aleitamento materno, pois nem sempre os recém-nascidos estão aptos para sugar o leite. Outro fator é a baixa produção de leite por parte das mães desses bebês que nasceram precocemente. Para dar suporte a esse tipo de situação e promover uma nutrição única e insubstituível que é o leite materno, a Paraíba dispõe de seis Bancos de Leite Humano (BLH) e 17 postos de coleta que compõem a Rede Paraibana de Bancos de Leite Humano. Por meio dessa cadeia, o leite excedente das doadoras é recolhido em seus domicílios. Somente em 2020 foram coletados 8.300 litros de leite que beneficiaram, sobretudo, os bebês prematuros que estavam em tratamento nas Unidades Neonatais de todo estado.

Uma das unidades atendidas por esta rede é a Maternidade Peregrino Filho, em Patos, que coleta e distribui cerca de 70 litros de leite humano por mês. A diretora da maternidade, Railda de Almeida Gomes, destaca a grande demanda da unidade. “Temos 21 leitos neonatais, distribuídos entre UTI, Unidade de Cuidados Intermediários (UCIN) e Unidade Canguru, e o processamento do leite para atender o consumo envolve pasteurização e todos os cuidados para garantir um alimento rico em nutrição e livre de agentes nocivos para os bebês”, relata.

No mês de atenção à prematuridade, a Maternidade Peregrino Filho comemora também a implantação do projeto Hora do Colinho, uma iniciativa pioneira da Maternidade Frei Damião, em João Pessoa, que está sendo replicada na unidade. A ação proporciona aos recém-nascidos um momento de acolhimento e terapia com o colo da mãe ou do pai.

Segundo Railda de Almeida Gomes, esse cuidado reduz o estresse e contribui para o ganho de peso dos prematuros. “Esse assunto está em destaque, pois a pandemia ocasionou a separação de pais e seus bebês prematuros em algumas UTIs, impactando negativamente o prognóstico desses pequenos pacientes e na saúde emocional de mães e pais”. O projeto está em acordo com o tema do Novembro Roxo deste ano: a separação zero.

Na Paraíba, mais de 93.500 mulheres já receberam apoio em algum momento da lactação somente em 2021. Este ano, 4.650 doadoras foram cadastradas para atender uma demanda de 8.150 bebês internos nos leitos neonatais do estado. Apesar dos números, a demanda é crescente e a captação de doações é um trabalho permanente. Qualquer mulher saudável que esteja amamentando e tenha excesso de leite pode tornar-se doadora, basta entrar em contato com o Banco de Leite de referência pelo WhatsApp (83) 99103-0059.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Ascom