Operação da PF

"NEM HÁ DINHEIRO PÚBLICO, PORQUE O DINHEIRO É PRIVADO": Buega Gadelha nega irregularidades e aponta ‘ataque’ ao Sistema S

O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), Buega Gadelha, concedeu entrevista coletiva no fim da tarde desta quinta-feira (2) quando comentou a deflagração da Operação Cifrão, hoje, que cumpriu 28 mandados de busca e apreensão em João Pessoa, Campina Grande e Queimadas, para apurar supostos crimes no Sistema S na Paraíba.

Buega negou as acusações de fraude à licitação, superfaturamento em obras, peculato e lavagem de dinheiro, e apontou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liminar suspendendo as investigações.

“Não tenho nenhuma culpa no cartório, nada vai acontecer, como não aconteceu na primeira. Na primeira, eu sequer fui denunciado, sequer indiciado. O STJ acaba de conceder liminar suspendendo toda a investigação, não prosseguiu nenhuma investigação. Eu não fui citado nem indiciado como mal versador de recursos de maneira nenhuma até porque a Justiça Federal não é o foro competente para decidir sobre supostos crimes no Sistema S. Isso é da alçada da justiça comum”, disse.

O presidente pontuou que as investigações surgem ‘do nada’ e são equivocadas porque o Sistema sequer utiliza dinheiro público.

“Não entendo de onde vem isso, de onde está surgindo esse negócio. ‘Acaba o de Recife, vamos continuar em Campina Grande’, aliás começa falando do assunto passado, está sempre voltando. Parece uma corrente organizada, orquestrada para atacar o Sistema S, porque Sesi e Senai da Paraíba vão extraordinariamente bem financeiramente.  Isso não vai dar em nada porque não tem nada a ver com o que fazemos. Não somos funcionários públicos, não usamos dinheiro público”, destacou.

Ele utilizou a justificativa de não utilização de dinheiro público para afastar a acusação de peculato feita pelos investigadores.

“Em segundo lugar, na Operação Fantoche, três colegas foram acusados de crime de peculato. Crime de peculato, como estão fazendo, agora é desvio de dinheiro público feito por servidor público, nem há dinheiro público, porque o dinheiro é privado, nem é funcionário público, porque todos nós somos eleitos pelo pelo voto para dirigir um sindicato”, comentou.

Em relação às acusações de superfaturamento em obras e utilização de empresas de fachada, o presidente da Fiep lembrou que todas as obras foram concluídos e houve casos em que empresas não efetuaram as obras e ‘sumiram’.

“Em muitas das obras são exigidos depósitos de 5% a 10%. O que aconteceu de 2 a 3 vezes foi que a empresa não cumpria com sua responsabilidade e sumia… empresa de fachada, quem fez não foi uma empresa de fachada, se fez não é de fachada. Existe um linguajar para acusar as pessoas: ’empresa de fachada, formação de quadrilha…’ para dar manchete fantástica”, disse Buega.

Fiscalização

Buega Gadelha explicou que a Fiep tem um sistema de auditoria interna, externa e por órgãos federais. Todas as etapas dariam transparência aos gastos, segundo o presidente.

“Temos uma fiscalização interna, uma auditoria externa, depois submetemos mensalmente o que fizemos e o quanto gastamos a um conselho do Sesi e do Senai em que existem empresários, trabalhadores, representante do Ministério do Trabalho, da Educação, depois mandamos para o Sesi nacional, depois CGU, CGU, não existe nada de caixa preta”, explanou.

Fonte: ENotícias.net
Créditos: Polêmica Paraíba