"movimentos reagem"

NA PARAÍBA! Durante missa, padre destila LGBTfobia: "Que aberração. Quer empurra goela a dentro o LGBT”- VEJA VÍDEO 

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o padre Antônio Evandro de Oliveira, da Paróquia de Livramento, ligada à Diocese de Patos, sertão paraibano, com uma fala cheia de preconceito e discriminação contra a população LGBTQIA+, especialmente as pessoas trans, durante sermão no último dia 24 de janeiro

O religioso começa afirmando que viu em uma matéria a  informação de que duas crianças seriam registradas sem o sexo na certidão de nascimento, para que a decisão do sexo fosse decidida por elas quando crescessem.

“Isso é uma aberração, gente! Como é que pode uma coisa dessas? Estão cegos? Não estão vendo se homem ou mulher a criança? Querem negar o que Deus criou?”, disse o padre.

Contrariando todos os estudos relacionados ao campo de gênero, o padre nega a identidade feminina das mulheres trans. “Tudo bem se a pessoa se sente mulher, que o seja, se sente, mas ela não é mulher. Não que eu sou mulher, que quero ser mulher. Não, tem isso não. Você quer ser, mas você não é mulher coisa nenhuma. Você é porque você quer ser. Mas na verdade fisicamente você não”, afirmou.

Ele destaca que é para ter colocado o sexo na certidão de nascimento e se a pessoa, quando for maior, se quiser cortar que corte, “problema dela”. Mas colocar o documento sem o sexo é, nas palavras do sacerdote, “aberração das aberrações”.

O padre culpa o poder legislativo pelo reconhecimento desses direitos. Contudo, no Brasil, em virtude do alto conservadores dos deputados federais e senadores, os direitos civis das da comunidade LGBTQIA+ têm sido reconhecidos pelo Supremo Tribunal Federal, graças as pressões e a militância dos movimentos sociais LGBTQIA+.

Ele faz um ataque à Rede Globo de Televisão e ao programa Big Brother Brasil por ter participantes LGBT. “Que negócio é esse? Que aberração a Globo está fazendo. Quer empurra goela a dentro o LGBT”, ressaltando que não é obrigado a aceitar e que isso não é LGBTfobia, mas é ética.

O Movimento do Espírito Lilás (MEL), em nota, repudiou a fala do padre e solicita apoio para mover um processo contra o religioso, ressaltando que desde 2019 a LGBTfobia foi equiparada a crime de racismo.

 

 

Fonte: Brasil de fato
Créditos: Polêmica Paraíba