diga não a violência

NA BOATE, NAS REDES SOCIAIS E DENTRO DE CASA: Apesar dos 12 anos da Lei Maria da Penha agressões e morte continuam fazendo parte da rotina da paraibana

Agressão na Pink Elephant, um namorado supostamente traído e um marido inconformado mudaram a vida dessas mulheres.

Mesmo com os 12 anos da Lei Maria da Penha e os 14 mil processos de violência doméstica em tramitação no estado, ainda há casos emblemáticos que ficaram sem nenhuma justiça.

No dia 27 de julho três mulheres foram agredidas dentro de uma badalada casa de shows da capital, a Pink Elephant.  O agressor segue sem identificação oficial e sem registro de Boletim de Ocorrência, mesmo com vídeo da confusão na boate registrando a imagem clara do mesmo. Fontes dizem que homem que aparece nas imagens é um importante empresário da capital paraibana, dono de academias.

A Pink Elephant não se pronunciou sobre o assunto e as vítimas, após supostamente terem sido abordadas pelo agressor em outro momento, optaram por não prestar queixa.

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Nessa sexta (03) as redes sociais acompanharam o escracho público de Géssica Oliveira, que teve sua vida exposta a nível nacional após seu namorado descobrir uma suposta traição.

Além da exposição, Géssica pode ter sido vítima de agressões físicas por parte do namorado. O momento de fragilidade dela virou chacota com direito a cordel, música de forró e perfis fakes para “agenciar” a moça.

As redes sociais dela foram hackeadas e ela segue com paradeiro desconhecido.

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Mas a violência não tem limites. Um marido que não quis aceitar o divórcio  optou por assassinar a esposa em fevereiro desse ano em São João do Cariri.  Maria José de Farias Brito e Meira, de 51 anos e  funcionária do fórum local, foi morta pelo marido com golpes de faca durante  a madrugada. O marido se matou em seguida.
Ao chegar no local a polícia encontrou a vítima morta dentro da sua residência com cortes no pescoço e sinais de luta corporal.

Ainda de acordo com a Polícia o marido da vítima Edvaldo Meira de Andrade, 56 anos, teria sido o responsável pelo crime se matou em seguida. Ele também foi encontrado morto com ferimentos de faca nos pulsos e sinais de enforcamento.

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Os três casos exemplificam violência sofridas pelas mulheres da Paraíba em diferentes níveis, com diferentes graus de proximidade. Mas a violência cotidiana pode passar desapercebida. Piadas, minimização de violências e a falta de denúncias representam um retrocesso no trabalho contra a violência contra a mulher.

 

 

 

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba