Preocupação

Mortes por Covid-19 em 2025, na Paraíba, acende alerta para vacinação em meio ao aumento de casos no Brasil; entenda sintomas

Arte: Marcelo Júnior / Polêmica Paraíba
Arte: Marcelo Júnior / Polêmica Paraíba

Paraíba - O avanço de novas variantes do coronavírus em várias partes do mundo reacende o alerta para a Covid-19 no Brasil, especialmente na Paraíba, onde a doença já causou 57 mortes no primeiro semestre de 2025. Os dados fazem parte do 8º Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES), divulgado nesta quarta-feira (6), e incluem ainda 44 óbitos por Influenza A, elevando o número de mortes por vírus respiratórios no estado para mais de 100 neste ano.

Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha classificado como baixo o risco global da nova variante NB.1.8.1, que vem sendo monitorada em mais de 70 países, a circulação simultânea de diferentes vírus respiratórios no Brasil preocupa as autoridades sanitárias. Na Paraíba, os dados reforçam esse cenário de alerta, com notificações expressivas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças menores de 5 anos e idosos, que são grupos considerados de maior vulnerabilidade.

Segundo o levantamento da SES, os principais agentes causadores de SRAG em crianças foram o vírus sincicial respiratório (493 casos) e o rinovírus (334 casos). Já entre os idosos, os vírus mais detectados foram a Influenza A (123 registros) e a Covid-19 (93 registros).

As mortes por Covid-19 ocorreram principalmente nas duas maiores cidades do estado: João Pessoa (20) e Campina Grande (11). Também houve registros em municípios como Santa Rita, Pocinhos, Monteiro, Cajazeiras, Itabaiana e Uiraúna, mostrando que o impacto da doença foi distribuído por diversas regiões.


Brasil registra novos casos de variante, mas letalidade segue baixa

Em âmbito nacional, o Ministério da Saúde confirmou recentemente oito casos da nova variante NB.1.8.1, sendo dois em São Paulo e seis no Ceará. Até o momento, nenhuma morte foi registrada em função dessa cepa no Brasil. Apesar disso, municípios como São Gabriel da Cachoeira (AM) já retomaram o uso obrigatório de máscaras em espaços fechados, diante de um aumento repentino nas notificações.

A variante, popularmente chamada de “Frankenstein”, vem sendo associada a sintomas gripais leves, com baixo índice de hospitalização e sem impacto significativo no sistema de saúde. A OMS, no entanto, reforça a necessidade de vigilância constante e da atualização do esquema vacinal, principalmente entre os grupos prioritários.


Sintomas e Prevenção da Nova Variante

Sintomas mais frequentes da nova variante:

  • Dor de garganta
  • Febre
  • Cansaço
  • Congestão nasal
  • Tosse seca
  • Dores no corpo
  • Em alguns casos, perda temporária de olfato ou paladar

SES reforça vacinação como principal ferramenta de proteção

Diante do cenário atual, a técnica responsável pelas Síndromes Respiratórias Agudas Graves da SES, Silmara Pinheiro, reforçou que a vacinação continua sendo a melhor forma de proteção contra o agravamento da Covid-19 e da Influenza.

“A meta é vacinar 90% de cada grupo prioritário, como crianças, gestantes e idosos. As pessoas que ainda não se vacinaram devem procurar uma unidade de saúde mais próxima para atualizar o esquema vacinal e reforçar a proteção contra esses vírus”, declarou.

A SES tem intensificado as campanhas de conscientização em todo o estado, especialmente nos municípios com maiores índices de casos e óbitos. A expectativa é que o reforço da imunização ajude a conter novos surtos e reduza a mortalidade nas faixas etárias mais vulneráveis.


Recomendações

Embora a situação esteja sob controle, especialistas reforçam cuidados básicos, como:

  • manter a caderneta de vacinação atualizada;
  • usar máscara em ambientes com aglomeração ou pouca ventilação, principalmente em unidades de saúde;
  • buscar atendimento médico ao apresentar sintomas respiratórios persistentes.

A Paraíba segue monitorando a circulação dos vírus e atualizando semanalmente os dados epidemiológicos, mantendo-se em alerta para possíveis mudanças no comportamento das doenças respiratórias.