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HULW lança serviço TelerRim com tecnologia do Lavid que associa vídeo digital e blockchain

Um sistema para saúde que associa vídeo digital e blockchain (mesmo sistema de segurança adotada em criptomoedas, como bitcoin) começa a ser testado esta semana no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB) com o lançamento do TelerRim. A plataforma começa a funcionar nesta quinta-feira (11), data em que se comemora o Dia Mundial do Rim.  Hospital da Universidade Federal da Paraíba, o HULW é vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh/MEC) desde 2013. 

Um sistema para saúde que associa vídeo digital e blockchain (mesmo sistema de segurança adotada em criptomoedas, como bitcoin) começa a ser testado esta semana no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB) com o lançamento do TelerRim. A plataforma começa a funcionar nesta quinta-feira (11), data em que se comemora o Dia Mundial do Rim.  Hospital da Universidade Federal da Paraíba, o HULW é vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh/MEC) desde 2013.

O serviço de telemedicina utiliza tecnologia desenvolvida pelo Lavid/UFPB (Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital) dentro do projeto V4H – Video for Health, uma plataforma de videocolaboração para Telessaúde que possibilita o registro dos atendimentos remotos de forma mais segura. O projeto Video for Health é coordenado pelo professor Guido Lemos, do Centro de Informática, e que atuou no desenvolvimento do middleware Ginga — adotado como padrão no Sistema Brasileiro de Televisão Digital e de vários outros países da América Latina e África.

Por meio do TelerRim, o paciente pode ser atendido via telefone celular ou computador. Inicialmente, entre 10% e 20% da agenda médica dos nefrologistas do Lauro Wanderley será dedicada a essa modalidade. Posteriormente, esse percentual deve chegar a 50% das consultas. Por trás das chamadas de vídeo, existe a certificação digital, a gravação dos atendimentos e a preservação dos conteúdos em uma rede criptografada.

O primeiro teste com a nova plataforma foi realizado na semana passada, com uma usuária de Patos que é assistida pela nefrologista Cristianne da Silva Alexandre. A paciente Odésia Dantas Costa foi diagnosticada com síndrome nefrótica e é acompanhada pelo Hospital Universitário desde 2016. No início do tratamento, ela ia ao HULW todos os meses. Depois, quando passou a tomar a medicação prescrita pela especialista, as consultas passaram a ser de dois em dois meses. Ao ser atendida de forma remota, por meio do V4H, a paciente não escondeu a satisfação.

“Para mim é excelente! A viagem para o hospital é muito cansativa, são umas cinco horas na estrada. Diante dessa pandemia todinha, ter essa tecnologia ajudou bastante. Quando a médica me propôs o teleatendimento, eu achei uma proposta maravilhosa”, comenta a paciente.

Conforme a médica Cristianne Alexandre, Odésia sempre teve dificuldade para se deslocar de Patos à capital paraibana (que fica a 300 Km da cidade sertaneja) para ser atendida no HULW. Com a implantação do TelerRim, tudo ficará mais fácil. “Esse serviço nasce com o objetivo de reduzir a distância entre o médico e o paciente. No nosso caso, o paciente portador de doença renal. Inicialmente, os pacientes que já fazem acompanhamento no Hospital Universitário vão poder marcar o seu retorno e serem atendidos por teleatendimento através de uma plataforma desenvolvida pelo Lavid”, afirma a nefrologista do HULW.

A especialista explica que, com essa nova modalidade de atendimento, o hospital consegue se aproximar do paciente, sem que ele tenha custos de viagem e dificuldades de transporte. A nefrologista lembra que o atendimento do TelerRim tem um grande diferencial, pois é feito em uma plataforma que preenche todos os critérios de segurança dos dados do paciente. “Além do vídeo do atendimento, essa plataforma traz a possibilidade de que sejam enviados exames, receitas e atestados”, explica a médica Cristianne Alexandre.

Ao facilitar o contato entre médico e paciente, o TelerRim do HULW-UFPB também cria uma conexão com a campanha atual do Dia Mundial do Rim, cujo tema este ano é: Vivendo bem com a doença renal. “A gente entende que o paciente portador de doença renal só pode viver bem com sua doença se tiver uma assistência de qualidade e próxima de si. O paciente precisa ter um acesso fácil ao tratamento e aos seus médicos, para que ele possa viver da melhor forma possível com a doença”, comenta a médica Cristianne Alexandre, reforçando que o TelerRim vai possibilitar essa aproximação.

PROJETO DEVE SER ESTENDIDO A OUTRAS ESPECIALIDADES 

O TelerRim é um piloto de um projeto maior que está sendo desenvolvido pela Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP) do Hospital Universitário. A expectativa é que, de forma progressiva, a plataforma V4H contemple outras especialidades.

“Nosso objetivo é expandir o projeto para outras especialidades, trazendo inovação tecnológica e qualidade no atendimento. O maior sonho é levar o HULW além dos muros e, em parceria com a Ebserh, conectar nossa rede de hospitais, facilitando o acesso através de canais seguros e ágeis”, afirma Eduardo Fonseca, gerente de Ensino e Pesquisa.

A ideia é que, futuramente, o Hospital Universitário também possa fazer parcerias com as secretarias municipais de Saúde. Assim, o paciente que não tem acesso à internet, poderá ser atendido na própria Unidade de Saúde da Família do seu município (caso tenha internet disponível).

SAIBA MAIS – O Video for Health (V4H) é um serviço de videochamadas seguras para o contexto da saúde. A plataforma desenvolvida pelo Lavid/UFPB inclui funcionalidades de gerenciamento de chamadas de vídeo, gestão e autenticação dos usuários, captura e processamento de áudio e vídeo, confidencialidade no tráfego dos dados, gravação segura (com criptografia), autenticação da mídia pelos participantes, registro na blockchain e preservação pelo tempo que for necessário para recuperação dos vídeos gravados. Além das questões de segurança e preservação do vídeo, o sistema permite o envio de documentos oficiais, como receitas e atestados.

O projeto é apoiado pela RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) em parceria com pesquisadores do Lavid/UFPB, do Telessaúde São Paulo, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Universidade de São Paulo (USP), do Incor-SP e da startup Dynavideo. Além do Hospital Universitário Lauro Wanderley, o projeto V4H está sendo testado no núcleo de Telessaúde SP da Unifesp, no Incor-USP, na Faculdade de Odontologia da USP, no Hospital Militar São Paulo, e na Secretaria Estadual de Saúde da Paraíba.

Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba