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Fundac inscreve 67 socioeducandos no Encceja PPL e candidatos são preparados para o exame

O Encceja é uma prova do Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para obtenção dos certificados do Ensino Fundamental e Médio.

A Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac) inscreveu 67 socioeducandos para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja–PPL). Para que os inscritos tenham um bom êxito no Exame, as Escolas Cidadãs Integrais Socioeducativas, que têm anexo nas Unidades Socioeducativas do Estado, iniciaram a preparação dos alunos por meio de aulões, simulados e cursinhos.

O Encceja é uma prova do Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para obtenção dos certificados do Ensino Fundamental e Médio, e as provas destinadas aos adolescentes e jovens sob medida socioeducativa serão aplicadas nos dias 13 e 14 de outubro de 2021.

Dos 67 socioeducandos inscritos pela Fundac no Encceja PPL 2020, 27 são das Unidades Socioeducativas de João Pessoa: CEA, CEJ e CSE (EECIS Almirante Saldanha); 07 do CEA/Sousa (ECIS Mestre Júlio Sarmento); e 33 do Complexo Lar do Garoto (ECIT Francisca Martiniano da Rocha).

De acordo com Waleska Ramalho, presidente da Fundac, a participação dos socioeducandos no Encceja é fruto de um trabalho coletivo entre a Escola Cidadã Integral Socioeducativa e a Fundac, na perspectiva de possibilitar aos educandos a oportunidade de concluir o ensino fundamental ou ensino médio. “A política de educação e a política de socioeducação juntas têm promovido importantes mudanças e novos projetos de vida”, enfatizou.

A Fundac, por meio do eixo educação (diretoria técnica), vem avançado na participação dos socioeducandos no Exame, reconhecendo, assim, a importância de corrigir a distorção idade/série dos socioeducandos, situação comum aos adolescentes e jovens em cumprimento de medida socioeducativa em privação de liberdade por estarem afastados dos espaços da escola em meio aberto.

“O Exame tem sido um espaço de correção da negação de um direito sofrido na trajetória escolar desses adolescentes e jovens, ao mesmo tempo que tem imprimido nos projetos de vida dos socioeducandos outras oportunidades para conclusão da educação básica, acesso ao mercado de trabalho, e acesso ao ensino superior. Temos a missão de garantir os direitos e o acesso, permanência e conclusão da educação básica é um dos direitos fundamentais que estão na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na nossa Constituição Federal”, disse Rafael Honorato, coordenador do eixo Educação da Fundac.

As ações de fortalecimento dos conhecimentos necessários para a participação dos adolescentes e jovens no Encceja, segundo Rafael Honorato, vem acontecendo através da articulação do eixo com as escolas cidadãs integrais socioeducativas, o Cine Transformar (eixo Esporte, Cultura e Lazer da Fundac) e o Projeto Maleta Juventudes (Canal Futura).

“Nesse período que antecede as provas do Encceja, os professores da escola se mobilizam e criam aulões baseados nas provas que já foram aplicadas, incluindo as aulas de redação que trabalham os possíveis temas que possam cair esse ano”, explicou Tatiana Pinangé, diretora da Escola Cidadã Integral Socioeducativa Almirante Saldanha.

A culminância da preparação dos socioeducandos para o Encceja nas Unidades Socioeducativas do Estado, que têm anexo da ECIS Almirante Saldanha, acontecerá com um simulado, no qual os estudantes terão acesso à folha de gabarito, fazendo com que se aproxime ao máximo das provas reais, para que eles não tenham dificuldades em resolvê-las.

“Primeiro fizemos aulas mostrando a importância do Encceja para a vida acadêmica deles, e a partir dessa sensibilização foi que iniciamos com as aulas. Como todos já entenderam a importância dessa certificação, está sendo fácil garantir a atenção e a aceitação deles nesse processo”, detalhou a diretora.

“Acreditamos ser de suma importância para o processo ressocializador dos nossos estudantes que eles estejam cada vez mais envolvidos em todas as oportunidades que venham garantir o seu acesso à educação e que, dessa forma, eles se sintam estimulados a dar continuidade à sua vida acadêmica quando forem egressos do sistema socioeducativo”, acrescentou Tatiana Pinangé.

De acordo com Hilka Cristiane Pereira Macieira, coordenadora pedagógica do Centro Educacional do Jovem (CEJ), a Escola vem ofertando, diariamente, para os 17 alunos inscritos no Exame um cursinho preparatório. “As aulas são planejadas por área de conhecimento com enfoque nos aulões e simulados. Além dessas ações, os nossos alunos terão a possibilidade de treinar os temas das redações mais recorrentes nos últimos anos do exame”, pontuou.

No Centro Educacional do Adolescente (CEA), em Sousa, a preparação dos alunos vem acontecendo no decorrer das aulas. No entanto, Maria do Socorro Moura de Magalhães, coordenadora pedagógica da Unidade, informou que já estão programadas ações específicas que englobam aulões e simulados quando estiver mais perto da data do exame.

No Complexo Lar do Garoto, o coordenador pedagógico da ECIT, Estanley Pires Ribeiro, falou que, atualmente, a Escola vem trabalhando atividades impressas baseadas nas questões das edições anteriores do Exame e completará o cronograma de atividades com aulões específicos por disciplina.

Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria