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FÓRUM DO FORRÓ RAIZ: Paraíba conta com comissão para defender cultura nordestina e reúne mais de 70 artistas em evento

 

Músicos, jornalistas, compositores, parlamentares, pesquisadores e produtores culturais com atuação na Paraíba criaram uma comissão em defesa e valorização do Forró. A polêmica sobre a perda de espaços nas principais festas juninas e na programação nas emissoras de rádio foi a tônica que fomentou o Fórum do Forró de Raiz.

Sobre esse assunto Beto Brito, Bira Delgado, Joana Alves e Onaldo Queiroga vieram ao Master News nessa sexta (20) para comentar sobre essa polêmica. O Fórum acontecerá dia 20, 21 e 22 de novembro. Terá sua abertura dia 20, no Espaço Cultural e os debates acontecem dia 21 na Universidade Federal da Paraíba.

Durante o São João desse ano, muitas pessoas expressaram a preocupação com a perda de espaço do forró nas festas populares para gêneros musicais da moda e a contínua dificuldade de inserção nas programações dessas festas.

O Fórum tem motivado várias propostas, uma delas é a constituição de um movimento pela defesa e valorização do forró com vistas ao registro como patrimônio imaterial brasileiro. Joana revela que o IPHAN ainda não deu prosseguimento ao processo de registro do forró por burocracia.

Onaldo Queiroga, juiz, revela que o forró não é um estilo musical “sazonal”: “Existe o Festival Roodstock que reúne várias pessoas em uma propriedade e são três dias de forró. E isso não é no São João, é em outubro, novembro”.

Bira Delgado, cantador e compositor, esclarece que “existe o forró e o forró de plástico. Aproveitaram o forró pois achavam que o forró morreria com Luiz Gonzaga, mas não morreu”. E ainda critica a exposição da mulher como forma depreciativa e diz que isso impacta negativamente nos jovens.

Beto Brito, cantador e embolador, diz que a populção de baixa renda não tem acesso a um show de qualidade. “Um show de MPB custa muito caro, fica inviável a população”, diz.

Créditos: Polêmica Paraíba