DIA DE FINADOS

Especialista explica que é preciso viver o luto e traz dicas para ajudar a superar perdas

O Dia de Finados, celebrado nesta segunda-feira (2), é sempre um momento em que a saudade e a dor sentida pela perda de alguém tende a apertar mais forte. Apesar de ser um momento difícil, a psicóloga do Hapvida em João Pessoa, Michelle Costa, afirma que a sociedade supervaloriza a felicidade e oculta as manifestações de dor, choro e tristeza. Além disso, é cultural que o sujeito recupere-se logo a fim de retomar a rotina da sua vida. Porém, a especialista ressalta que é necessário viver o luto e que isso demanda tempo. 

Cemitério Campo da Esperança, covas mortes covid-19. Sérgio Lima/Poder360 10.06.2020

O Dia de Finados, celebrado nesta segunda-feira (2), é sempre um momento em que a saudade e a dor sentida pela perda de alguém tende a apertar mais forte. Apesar de ser um momento difícil, a psicóloga do Hapvida em João Pessoa, Michelle Costa, afirma que a sociedade supervaloriza a felicidade e oculta as manifestações de dor, choro e tristeza. Além disso, é cultural que o sujeito recupere-se logo a fim de retomar a rotina da sua vida. Porém, a especialista ressalta que é necessário viver o luto e que isso demanda tempo.

“Uma morte ocasiona muitas mudanças e a tristeza é inevitável. Nessas horas, também é importante contar com o apoio e o carinho dos mais próximos e quando se perceber que o luto perdura muito tempo e que há uma possibilidade de ter se tornado depressão, a psicoterapia se faz fundamental para trabalhar a dor da ausência”, alerta.

A psicóloga afirma que quando alguém se vai, parece que se perde uma parte de quem se é. Diante disso, é preciso espaço e tempo para sentir a dor da perda, chorar, elaborar sentimentos e ressignificar o sofrimento. “Viver o luto é parte do amadurecimento e fundamental para reunir forças para seguir em frente”, pontua.

Além do luto – É comum encontrar pessoas que perderam um companheiro de vida, amigo ou alguém por quem se nutria um amor, um carinho especial e que não souberam superar este luto. Em casos como este, em que a dor da perda perdura por um longo período de tempo, Michelle Costa alerta para o aspecto patológico do luto. “Se durar anos, onde percebemos que o sujeito não consegue retomar o fluxo normal da vida, deve-se procurar ajuda profissional o quanto antes”, orienta.

Superando o luto – A psicóloga reforça ainda que é preciso superar o luto e assegura que a psicoterapia é um forte aliado para este momento, de modo que é possível trabalhar as emoções como angústia e possível depressão provocados pelo luto.

De forma ampla, algumas recomendações são sugeridas para superação da perda:

•    Dê tempo a si mesmo;

•    Aceite seus sentimentos e saiba que o luto é um processo;

•    Converse com as pessoas;

•    Passe tempo com amigos e familiares;

•    Não se isole;

•    Exercite-se regularmente, coma bem e durma o suficiente para permanecer saudável e energizado.

Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba