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CASO ALPH: UFPB disse que não existe 'nem uma única linha' sobre seguranças ameaçando estudante - ENTENDA

A Polícia Civil da Paraíba está analisando se a morte do estudante universitário Clayton Tomaz de Souza, de 31 anos, conhecido como “Alph”, tem relação com supostas ameaças que ele teria sofrido de seguranças da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A hipótese foi incluída no inquérito que investiga o caso, após a circulação de um vídeo publicado pelo estudante em suas redes sociais, em que ele afirma sobre o risco de morte.

O delegado de homicídios Carlos Othon explicou  que as declarações publicadas pela vítima em seus perfis nas redes sociais estão sendo coletadas e vão ser analisadas dentro do inquérito que apura a morte do estudante. “Vamos ouvir os seguranças da UFPB, todos vão ser convocados a prestar esclarecimentos”, afirmou.

Em uma das publicações, “Alph” escreveu: “guardinha terceirizado achando que é polícia, jurando que serve a um Estado. Ameaça minha pessoa, e a UFPB finge não ver. Meu sangue vai aspirar (sic) nas mãos de vocês, quando eles fizerem o que tanto dizem que farão, a mim e a outros e outras”.

O estudante afirma em outra publicação que protocolou na ouvidoria da UFPB uma denúncia sobre as ameaças que sofria dos guardas dentro do campus. Em nota, a UFPB informou, por meio de sua assessoria, que não vai se pronunciar sobre o caso porque a morte foi fora do campus e que a empresa de segurança é privada e por isso não tem vínculo direto com a universidade.

Nessa terça (18) o professor Saint Clair Fernandes de Avelar, da Superintendência de Segurança Institucional SSI disse em entrevista a Arapuan Verdade que estão surpresos com o conteúdo do vídeo: “Lamentamos muito, é uma coisa terrível. Estamos aguardando o inquérito da polícia caso seja confirmada as ameaças. Até hoje não temos nenhuma ocorrência, não tem nenhuma linha de denúncia sobre esse estudante ou qualquer outro. Estamos surpresos com esse vídeo”.

Alph era de Pernambuco e cursava Filosofia, na UFPB, em João Pessoa. Ele estava desaparecido desde o dia 6 de fevereiro. O corpo do estudante foi encontrado dois dias, já em estado de decomposição e com marcas de tiros, às margens de uma estrada em Gramame, mas só foi reconhecido por familiares na segunda-feira (17). Os peritos do Instituto de Polícia Científica (IPC) constataram que a vítima foi atingida por um tiro na cabeça.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba