VÍDEO: associação de juízes defende magistratura após crítica do jornalista Gutemberg Cardoso; LEIA NOTA

A Associação dos Magistrados da Paraíba (AMPB) publicou uma nota, nesta quarta-feira (12), em defesa da magistratura e contrária a “manifestações do jornalista Gutemberg Cardoso”, que durante o programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, na última terça-feira (11),  criticou uma decisão judicial que havia anulado as eleições indiretas em Bayeux.

Por meio da nota, assinada pelo juiz Max Nunes, a instituição reconheceu a liberdade de imprensa, mas afirmou que o jornalista proferiu “acusações genéricas” e que isso atinge a honra e a dignidade dos juízes paraibanos.  “A AMPB espera que Gutemberg Cardoso se retrate das acusações genéricas que ofendem à integralidade do Poder Judiciário paraibano e entregue à Corregedoria-Geral de Justiça as provas que tenha conhecimento sobre as “supostas compras de decisões” nos plantões judiciários, identificando os responsáveis pelos atos criminosos”, diz o documento.

“Se o jornalista em questão tem conhecimento de qualquer ato criminoso praticado por qualquer magistrado da Paraíba, tem o dever legal e moral de comunicar esse fato à Corregedoria local ou diretamente ao Conselho Nacional de Justiça, apontando as evidências do crime”, diz o documento. (Leia abaix0).

Em resposta, o jornalista Gutemberg Cardoso disse, no Arapuan Verdade, que não fez generalizações nem citou o nome de nenhum juiz. Ele acrescentou que não teve a intenção de atingir a honra dos magistrados e pediu desculpas aos juízes que se sentiram ofendidos.  ” Eu apenas fiz uma advertência de cuidado, para preservar os bons, os grandes juízes que tem na Paraíba. E é bem grande o lado bom”, disse.

LEIA ABAIXO NOTA E ASSISTA AO VÍDEO

Nota de repúdio a acusações genéricas proferidas por Gutemberg Cardoso na Rádio Arapuan

Em razão das manifestações do jornalista Gutemberg Cardoso durante o programa Rádio Verdade, que vai ao ar pela Rádio Arapuan, afirmando que “era necessário o Presidente do Tribunal de Justiça colocar uma lupa sobre Bayeux pois as decisões envolvendo a questão das eleições indiretas para a sucessão municipal estavam sendo compradas”, apontando assim a prática de crime de corrupção por membros da magistratura paraibana, a Associação dos Magistrados da Paraíba (AMPB) vem a público, esclarecer o seguinte:

1 – A liberdade de imprensa é um direito constitucional que deve ser respeitado (art. 220 da CF). Contudo, deve ser exercido com responsabilidade e atendendo preceitos éticos, transmitindo à população informação de credibilidade e que não violem a honra e a imagem das pessoas (art. 5°, X da CF).

2 – A fala do jornalista, ao proferir acusações genéricas, coloca dúvida sobre a credibilidade e lisura de todo o Poder Judiciário, atingindo a honra e dignidade de todos os magistrados paraibanos, notadamente de todos aqueles juízes e desembargadores que eventualmente tenham proferido qualquer decisão em processos envolvendo a disputa na sucessão municipal da cidade de Bayeux.

3 – Se o jornalista em questão tem conhecimento de qualquer ato criminoso praticado por qualquer magistrado da Paraíba, tem o dever legal e moral de comunicar esse fato à Corregedoria local ou diretamente ao Conselho Nacional de Justiça, apontando as evidências do crime. Utilizar-se de um sistema de comunicação respeitado como a rádio Arapuan para difundir acusações genéricas não é o que se espera de um jornalismo ético e de qualidade.

4 – A AMPB espera que Gutemberg Cardoso se retrate das acusações genéricas que ofendem à integralidade do Poder Judiciário paraibano e entregue à Corregedoria-Geral de Justiça as provas que tenha conhecimento sobre as “supostas compras de decisões” nos plantões judiciários, identificando os responsáveis pelos atos criminosos.

João Pessoa, 12 de agosto de 2020.

Max Nunes de França
Presidente da AMPB

Assista à resposta de Gutemberg Cardoso

https://www.youtube.com/watch?v=I-Tc8mjVSK8

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba