Campina Grande

ASSÉDIO MORAL E PASSIVIDADE DO PRESIDENTE: FIEP é condenada a pagar 275 mil reais; funcionária chegou a desenvolver transtornos mentais

Uma ação promovida por uma ex-funcioária do Instituto Evaldo Lodi o (IEL), entidade dirigida pela Federação das Indústrias da Paraíba (FIEP), condenou o instituto pela justiça do trabalho por Assédio Moral sofridos pela funcionária no ambiente de trabalho.

A auxiliar trabalhou no IEL entre 2014 e 2017, após a mudança na direção da entidade, quando o novo superintendente Euler de Sousa Sales assumiu a função, a funcionária, que ocupava o cargo de coordenação e líder da equipe, passou a ser preterida de suas atribuições e seus colegas de trabalho eram impedidos de continuar seguindo suas orientações.

No processo que a equipe do Polêmica Paraíba teve acesso na Justiça do Trabalho, foi constatado o relato de que nesse período de assédio, a funcionária ao se dirigir a copa da entidade, os outros funcionários que estavam presente logo saíram do local, deixando-a sozinha.

Outro ponto que chamou a atenção da nossa redação foi que o salário por ela recebido era menor do que os salários de homens que ocupavam cargos semelhantes dentro do Sistema de Indústria da Paraíba.

No período de assédio, a funcionária desenvolveu vários transtornos de saúde, incluindo a Síndrome do pânico.

A Justiça do Trabalho julgou procedente seus pedidos e condenou, em primeira e segunda instância, a instituição a indenizar a funcionária por tudo sofrido dentro da empresa.

A ex-funcioária teve o reconhecimento da equiparação salarial, reconhecimento da prática de assédio desenvolvida pelo Superintendente do IEL, Euler de Sousa Sales e recebe em indenização mais de R$ 275.000,00 (Duzentos e setenta e cinco mil reais).

Em contato com o Polêmica Paraíba, o setor Jurídico da empresa esclareceu que o valor total da ação não foi exclusivamente pelo assédio sofrido na empresa. 270 mil do valor total foi referente a causas trabalhistas, pois a funcionária trabalhou por muito tempo na empresa sem ter sua carteira assinada e após sua saída conseguiu comprovar o vínculo e o seu trabalho como coordenadora, podendo assim receber todos os direitos dos anos trabalhados.

De acordo com as denúncias feitas ao Polêmica Paraíba, existe uma onda de assédio moral dentro da FIEP, e existe uma passividade por parte do presidente Buega Gadelha, diante das agressões e do assédio que vem sofrendo as mulheres dentro da instituição.

Pessoas ligadas à instituição relataram à nossa redação que a situação de falta de controle da FIEP já vem se alastrando por anos e os desmandos na instituição já chamam a atenção em todas as Federações do Brasil, inclusive na própria CNI – Confederação Nacional da Indústria.

As entidades têm cobrado, inclusive, pronunciamento e reação dos associados da FIEP, na Paraíba.

Confira o documento que a redação do Polêmica Paraíba teve acesso: 

 

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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba