Colocado em liberdade sob a condição de pagar fiança de R$ 522,5 mil à Justiça, a decisão que beneficiou o prefeito João Bosco Nonato, foi recebida com festa em Uiraúna, sua cidade. O gestor afastado foi beneficiado por decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também colocou em liberdade o assessor parlamentar Israel Nunes. A soltura deles, no entanto, depende do pagamento da fiança à Justiça.
Ambos estão presos desde dezembro do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Pés de Barro, realizada pela Polícia Federal, que investiga desvios de dinheiro na obra Adutora Capivara. No curso das investigações, a PF teve acesso a gravações do circuito interno de um hotel que mostram o prefeito recebendo propina e guardando o dinheiro na cueca.
Além de determinar o pagamento da fiança, Celso de Mello impôs medidas cautelares que deverão ser observadas por Bosco Nonato: “afastamento cautelar de João Bosco Nonato Fernandes do mandato de Prefeito Municipal, bem assim da proibição de seu ingresso tanto nas sedes da Prefeitura e de suas respectivas Secretarias quanto em todos os locais em que se exerça qualquer atividade administrativa relacionada ao Município de Uiraúna/PB, seja no âmbito da administração pública direta, seja na esfera da administração pública indireta”, escreveu.
Ao decidir pelo pagamento da indenização de R$ 522 mil, o ministro ressaltou “a satisfatória condição econômico-financeira desses acusados, e de outro, a estimativa monetária do dano alegadamento causado à Administração Pública pelas ações criminosas a eles atribuídas”, disse.
Pés-de-Barro
A Operação Pés-de Barro investiga desvios de recursos públicos destinados à construção da Adutora Capivara, localizada no município paraibano. As investigações revelaram que, entre outubro de 2018 e novembro de 2019, a empresa responsável pelas obras,recebeu dos cofres públicos R$ 14,7 milhões e, em decorrência da ação criminosa, repassou R$ 1,2 milhão ao parlamentar Wilson Santiago e R$ 633 mil ao prefeito João Bosco Fernandes, como propina.
Veja vídeo publicado nas redes sociais do jornalista Hyldo Pereira:
https://www.instagram.com/p/CCNCxmlHd51/?igshid=1c8lt6ivf9cx2
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba