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Após novo aumento do diesel, Sintur-JP reforça necessidade de discutir modelo de custeio do transporte coletivo em João Pessoa

O Sintur-JP diz que não há nenhuma movimentação para aumento de tarifa em João Pessoa, mas reforça a necessidade de discutir com a gestão municipal um plano de ação para enfrentar a crise

O Sintur-JP diz que não há nenhuma movimentação para aumento de tarifa em João Pessoa, mas reforça a necessidade de discutir com a gestão municipal um plano de ação para enfrentar a crise

O mais recente aumento no preço do óleo diesel nas refinarias, de 8,9%, concedido pela Petrobras, fragiliza mais ainda a situação financeira das empresas que operam o serviço de transporte público em João Pessoa. Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de João Pessoa (Sintur-JP), o resultado dos constantes aumentos de custos sem a devida remuneração é a queda na qualidade da prestação de serviço para os passageiros e falta de investimentos.

O diesel é o segundo maior custo da operação. De acordo com dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), somados aos reajustes anteriores do combustível, o combustível já subiu 47% só este ano e 80,9% nos últimos doze meses (junho/2021 à maio/2022), gerando um impacto acumulado nas tarifas de 15,4%.

O Sintur-JP diz que não há nenhuma movimentação para aumento de tarifa em João Pessoa, mas reforça a necessidade de discutir com a gestão municipal um plano de ação para enfrentar a crise.

“Nós não temos ambiente para pleitear um aumento de tarifa. Nossa população não suportaria. O que precisamos, de forma urgente, é sentar à mesa com a gestão municipal e discutir um plano de ação que busque a qualidade e até mesmo a segurança na manutenção da prestação do serviço”, afirmou o diretor-institucional do Sintur-JP, Isaac Júnior Moreira.

Na capital, o passageiro pagante é a única fonte de renda do setor. Isso significa que, com a tarifa de R$ 4,40, o passageiro pagante acaba custeando o seu próprio deslocamento, as gratuidades, os custos e a remuneração das empresas operadoras.

Essa forma de custeio do transporte coletivo vem sendo questionada e discutida há tempos em todo o país. Segundo dados da NTU, antes da pandemia, apenas Brasília (DF), São Paulo (SP) e Manaus (AM) tinham subsídios à tarifa. Hoje, outras cidades já estão “dividindo” esta conta com os passageiros, como Fortaleza, Maceió, Goiânia, Florianópolis.

“Outra forma de aliviar o setor, reduzindo a pressão dos custos que várias outras cidades já adotaram, é a isenção total de impostos e taxas incidentes sobre o transporte coletivo. Como não há uma fórmula única para conferir qualidade ao setor, vale copiar bons exemplos, tendo em mente que a responsabilidade deste serviço essencial à população é responsabilidade tanto dos gestores, quanto das concessionárias e da própria população ”, acrescentou o diretor do Sintur-JP.

Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba