pandemia de coronavírus

“A fome, no momento, é a maior doença”, diz Ivanes para justificar reabertura do comércio em Patos

Prefeito de Patos quer que o comércio seja reaberto a partir de quinta-feira

O prefeito em exercício de Patos, Ivanes Lacerda (PRB), está disposto a reabrir o comércio da cidade a partir de quinta-feira (16). O gestor participou de reunião com representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial e Sindicato do Comércio Varejista. Ao grupo, apresentou a proposta de que os estabelecimentos comerciais abram as portas das 8h às 12h. Ele espera conseguir o aval do Ministério Público Federal (MPF) para a edição do decreto.

O prefeito aponta o risco de alastramento da fome, caso o comércio continue com as portas fechadas. A visão de Lacerda é a de que a fome é um mal mais danoso que o novo Coronavírus. “Quantos dias serão necessários para que estejamos seguros? O próprio Ministério não disse se são 30 dias, 60 dias, seis meses. Precisamos inclusive de uma posição do próprio Ministério da Saúde. Mas achamos que já é um tempo razoável 30 dias, por que na quarentena estabeleceu-se 14 dias e já estamos com a nossa economia praticamente fechada há 30 dias e mais 30 dias a nossa cidade não suporta.

O prefeito é taxativo em relação às consequência do fechamento. Ele recorre à característica da pandemia para dizer que mais gente vai morrer por falta de condições de comprar alimento que por causa da pandemia. “Haverá fome em escala exponencial e a fome leva à desnutrição e a desnutrição baixa a imunidade do paciente e ele vai contrair tudo que é doença, não é só o coronavírus. A fome, no momento, é a maior doença”, garante Ivanes.

O único ponto manifestado pelo prefeito como dificuldade para a reabertura do comércio é uma oposição do MPF. O órgão editou uma Medida Provisória na qual estabelece que os gestores podem ser denunciados por improbidade se não estabelecerem regras de abertura embasadas em dados sanitários. “Vamos permitir a abertura das lojas, mas todos serão obrigados a usar máscara nos estabelecimentos. Os proprietários serão obrigados a fiscalizar e impedir a entrada de qualquer pessoa que não use máscara”, disse o gestor, alegando que o estabelecimento será fechado se alguém for flagrado no interior da loja sem máscara.

Fonte: Jornal da Paraíba
Créditos: Jornal da Paraíba