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80 prédios podem desabar e o do antigo INSS é o mais perigoso

Em situação semelhante também estão várias edificações localizadas no Centro de João Pessoa a exemplo do Edifício Régis, do antigo prédio do Instituto de Pensões e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE), o Hotel Nazareno, bem como casarões e outros prédios públicos.

Cerca de 80 edifícios antigos e abandonados em João Pessoa apresentam risco de desabamento. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Paraíba (CAU/PB) alerta para o perigo de edificações abandonadas, como o prédio do antigo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), no Ponto de Cem Réis, no Centro.

Por causa do incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, em São Paulo, na madrugada da última terça-feira (01), esta constatação foi transformada em alerta para toda a população. De acordo com a Defesa Civil, o prédio do INSS ficou abandonado por alguns anos e atualmente é ocupado por comerciantes.

Além das más condições estruturais, devido à falta de manutenção, a edificação está com a fiação elétrica comprometida e apresenta infiltrações e fissuras que oferecem risco para os comerciantes que trabalham no local e para os pedestres que transitam pelo entorno.

Em situação semelhante também estão várias edificações localizadas no Centro de João Pessoa a exemplo do Edifício Régis, do antigo prédio do Instituto de Pensões e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE), o Hotel Nazareno, bem como casarões e outros prédios públicos.

Não só as edificações abandonadas correm risco. No mês passado, o prédio sede do Tribunal de Justiça da Paraíba foi interditado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) devido ao risco de colapso estrutural, com instalações elétricas precárias e vulnerabilidade na cobertura e risco de desabamento. O prédio, onde desde 1939 funciona o TJ, está na Praça João Pessoa e é tombado pelos Institutos do Patrimônio Histórico e Artístico Estado da Paraíba (Iphaep) e do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O CAU/PB alerta para a necessidade de vistorias por parte das entidades públicas e ações de manutenção pelos proprietários dos imóveis, como prevenção de possíveis acidentes. “Lamentamos profundamente a tragédia ocorrida em São Paulo. É necessária maior seriedade dos entes públicos com relação ao seu patrimônio e com a fiscalização e aplicação da lei sobre os imóveis privados. Que o fato sirva para despertar a necessidade de uma política urbana séria para a habitação, gestão e desenvolvimento das cidades”, destacou Ricardo Vidal, presidente do CAU/PB.

Omissão – A tragédia do incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo, motivaram o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil a propor uma Política Nacional de Recuperação dos Centros Urbanos com enfoque especial na habitação de interesse social.

Segundo o CAU nacional, a ocupação dos imóveis abandonados nas áreas centrais das cidades é resultado da omissão do Estado, que não priorizou esses espaços para cobrir o crescente déficit habitacional, optando por programas nas periferias urbanas, que afastaram a população trabalhadora da proximidade dos empregos. Saiba mais sobre o documento divulgado pelo conselho AQUI.

Fonte: Paraíba Debate
Créditos: Paraíba Debate