77% das mulheres sofrem alteração no ciclo menstrual durante pandemia e especialista dá dicas para evitar mudanças

A pandemia vem provocando uma série de mudanças na vida das pessoas e interferindo em aspectos emocionais e físicos. Um estudo desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) identificou que os impactos afetam também o ciclo menstrual de mulheres em fase reprodutiva. De acordo com os resultados, 97% das mulheres relataram surgimento de novos sintomas relacionados à saúde mental e/ou alterações no ciclo menstrual. Este último corresponde a 77% das mulheres que participaram da pesquisa.

Ginecologista do Hospital do Hapvida em João Pessoa, Romeu Meneses Neto, destacou, nesta sexta-feira (28), data em que se celebra o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, que a pandemia tem amedrontado o mundo inteiro e gerado ansiedade e transtornos emocionais. Porém, na mulher o estresse emocional e em excesso pode ocasionar irregularidades no ciclo menstrual. “Algumas mulheres podem ficar sem menstruar, pode vir a menstruar duas vezes em um mesmo mês e isso, consequentemente, gera um transtorno para mulheres que tinham um ciclo menstrual regular. Levando a mulher a pensar que há algum problema hormonal e na verdade é o estresse, os fatores de ordem emocional que alteram o ciclo”, explica.

Entre as mudanças mais citadas pelas mulheres que participaram da pesquisa desenvolvida pela UFLA estão alteração no número de dias do ciclo menstrual, número de dias de menstruação, fluxo menstrual, coloração e odor da menstruação e outros fatores. Algumas chegaram a relatar também mudança na Tensão Pré-Menstrual e na libido, para maioria houve uma diminuição neste último.

Apesar de todos esses fatores terem sido apontados, o ginecologista do Hapvida ressalta que é importante quando a mulher perceber que está muito ansiosa e com alteração do ciclo menstrual, procure de imediato uma consulta com o ginecologista para afastar outras causas que podem resultar na irregularidade da menstruação. “O ideal é que se perceba durante um mês e caso se perpetue por um, dois, três meses consecutivos essa irregularidade o importante é que busque o ginecologista para uma avaliação mais especializada”, orienta Romeu.

O especialista sugere ainda que as mulheres busquem aliviar esses estresses emocionais. “Fazer coisas saudáveis, como prática de exercícios, boa dieta alimentar e atividades que gerem prazer, como assistir um filme, ler um livro como tentativa de se blindar das notícias ruins em decorrência da pandemia”, finaliza.

Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba