opinião

Vivendo em "Queda Livre", porque "a vida é doce, depressa demais" - Por Marcos Thomaz

-Ih lá vem Marcolino com esses papos intimistas.

Essa p… virou esse negócio de côtxe mesmo.

Calma herege-mor. Sou descrente, mas respeito os “sinais fortes sinais”, como nos ensina o profeta Eymael.

Já outro iluminador, menos asséptico e mais roots, quase uma espécie de Conselheiro pós- moderno, anuncia:

“A verdade que salva é liberta é uma só…”

E essa tal verdade, pode até ser apenas uma, mas em várias facetas, mesmo…

A observação é reveladora.

A revelação é libertadora!
E a libertação é redentora!

E toda redenção é uma glória máxima, se for individual então, é “Glória, Glória nas alturas”.

Porque nada melhor que reconciliar consigo mesmo.

Sua alforria de amarras de outrora.

A ruptura dos grilhões da mediocridade dependente

A fuga do ar rarefeito da toxidade.

Um cativeiro em que você próprio se enclausurou.
Uma masmorra erguida por seus próprios punhos.
Eu, caçador de mim, diz o poeta.

Porque despir-se (ui) de tudo o que te aprisiona, aperta, sufoca é bem mais que tirar a roupa (isso é bom e eu gostxo, mas cabe mais, muito mais – lá ele).

Desvelar a alma, dissecar as entranhas…
Visceral, animal, mais que isso ancestral.
Um portal transgeracional ao que te trouxe até aqui, mas também te arrasta ao passado.
Afinal, “revisitar o passado é uma evolução”, sussurra ao pé do ouvido o mestre Science.

Tudo em mim, em ti é antes de tudo uma força, potência ancestral.

É para este abrigo, muitas vezes inóspito, que sempre voltamos.

A jornada de regresso não é para ser sempre confortável, há gosto insalubre em mergulhar no próprio abismo, em queda livre.

“Na velocidade terrível da queda…”

“Mas mantenha a atenção e curta a paisagem…”
É apenas um “bate e volta”.

Fato é que precisamos ir, ao menos uma vez na vida.

Lá está muito mais que a chave decodificadora do seu DNA.

É a origem de tudo, pro mal e pro bem.

Se desgarrar, desprender, reinventar e retornar ao ponto de partida.

Este é o movimento cíclico humano, a busca em torno do ponto original.

A sua própria e individual “Viagem ao Centro da Terra”.

Bon Voyage!

 

Fonte: Marcos Thomaz
Créditos: Polêmica Paraíba